A
AUTO-HEMOTERAPIA TEM EFEITO PLACEBO?
Estes trabalhos da Medicina Veterinária comprovam justamente que
não tem.
1- TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
As fotos acima foram
retiradas do Trabalho:
FONTE: http://www.upis.br/pesquisas/tcc/Julianne%20de%20Rezende%20Naves.pdf
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA:
Área de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais
Acadêmico: Julianne de Rezende Naves
Orientador: Dr. Hélio Blume
Supervisor: Dra.Flávia de Carvalho Lage
Dr. Carlos Henrique Saquetti
Brasília DF
Junho, 2007
TEXTOS DO TRABALHO:
3.3.7.3. Autohemoterapia
Retira-se 10 ml de sangue venoso e imediatamente aplica-se por via intramuscular profunda, provocando um estímulo imunológico inespecífico que pode levar à queda das verrugas (MELO & LEITE, 2003).
Tratamentos:
Os animais foram submetidos a dois tratamentos: a autohemoterapia e a vacina autógena fabricada caseiramente, pode-se obter resultados satisfatórios quanto aos índices de melhora observados num período de 3 meses.
Casos clínicos de Papilomatose:
Fig. 5a :Papilomatose em forma de couve-flor
Fig. 5b: Início da autohemoterapia
Fig. 5c: Visão dorsal
Fig. 5d: Após 3 meses de tratamento
Apesar de se tratar de uma doença autolimitante, para cura destes animais foram administrados autohemoterapia no caso da bezerra e vacina autógena no caso da vaca com papilomas pedunculares nas tetas, obtendo-se resultados favoráveis contra a enfermidade como cita Melo (1996).
2- AUTOHEMOTERAPIA MAIOR OZONIZADA NO TRATAMENTO DE HABRONEMOSE EM EQÜINO RELATO DE CASO.
GARCIA, C.A.1, STANZIOLA, L .2, ANDRADE, I. C. V.3, NEVES, S. M. N.*3, GARCIA, L. A. D.3
RESUMO
Habronema muscae Carter 1961, é um parasita de cavalos, pôneis, jumentos e zebras. A forma adulta vive sobre as mucosas com sua região cefálica introduzida no tecido. Os ovos são compridos e finos e contém larvas que são liberadas sobre feridas ou dentro do estômago por ingestão acidental onde a maturidade é atingida dentro de dois meses.
O efeito do ozônio sobre a pele acontece pela reação com ácidos graxos poliinsaturados e água presentes no stratum corneum, gerando espécies reativas de oxigênio e lipooligopeptídeos como peróxido de hidrogênio, que são parcialmente reduzidos pela glutation oxidase, superóxido dismutase, catalase, isoformas de vitamina E, vitamina C, glutation, ácido úrico e ubiquinol, ou serem parcialmente absorvidos via endovenosa e por capilares linfáticos.
Uma égua com aproximadamente 3 anos de idade e raça indefinida apresentando extensa ferida rostral localizada no antímero direito entre o olho e narina, com suspeita clínica de habronemose cutânea, foi tratada com uso tópico e sistêmico de ozônio. Para tratamento sistêmico foi utilizada autohemoterapia maior ozonizada através de duas aplicações por semana. Para tratamento tópico da lesão fez-se uso diário de duas aplicações de água e óleo ozonizados. Manifestações de dor, efeitos colaterais indesejáveis ou intolerância ao ozônio não aconteceram no decorrer do tratamento. Observou-se gradativa formação de tecido de regeneração em substituição a pele necrosada, com rápida redução da área afetada e decorridos dois meses de tratamento, a regeneração tecidual e cicatrização de quase toda a superfície lesada apontam para a cura clínica do animal.
Palavras-chave: Habronemose, autohemoterapia , ozônio.
INTRODUÇÃO
Habronemose conjuntival, cutânea e gástrica causadas por Habromena spp já foram relatadas (SOULSBY, 1965; TREES et al, 1984; MOHAMED et al, 1990; GASTHUY et al, 2004). Habronema muscae Carter 1961 é um parasita de cavalos, pôneis, jumentos e zebras. O adulto vive sobre as mucosas com apenas as suas cabeças introduzidas nos tecidos. Os ovos são compridos e finos e contém larva (SOULSBY, 1965; BOWMAN & LYNN, 1999).
1 Docente da Faculdade de Medicina
Veterinária UFU
2 Docente do Instituto de Ciências Biomédicas UFU
3 Acadêmicos da Faculdade de Medicina Veterinária
UFU
Faculdade de Medicina Veterinária da UFU - Rua Ceará s/nº -
Bloco 2 D Sala 2D
34 Campus Umuarama Uberlândia MG, CEP
38405-240.
[email protected]
Os eqüinos são infectados pela ingestão de moscas que caem na água ou alimentos. As larvas são liberadas dentro do estômago onde atingem maturidade em dois meses (SOULSBY, 1986). O principal efeito de Habromena no estômago é estimular a secreção de grandes quantidades de muco com hiperplasia e hipertrofia das células secretoras de muco, além disso, gastrite catarral, úlceras, diarréia e perda de peso têm sido associadas à infecção com Habronema muscae (LEVINE, 1968; DUNN, 1978).
O Ozônio possui várias ações
biológicas e propriedades terapêuticas. É um gás instável e
extremamente reativo. Os mecanismos através dos quais esse gás
atua, estão diretamente relacionados com produtos gerados pela
interação seletiva desse gás com componentes orgânicos
presentes no plasma e membrana celular. Devido a essa
seletividade, a reação do ozônio com lipídeos ocorre na dupla
ligação de carbono, presente nos ácidos graxos
poliinsaturados, gerando
peróxidos orgânicos e ozonídios. O ozônio tópico mostrou ser
eficiente contra dermatomicoses, osteomielites e feridas
infectadas, fístulas e doenças do úbere de bovinos e eqüinos
(SARTORI,1994). O efeito do ozô nio sobre a pele se deve à sua
reação com ácidos graxos poliinsaturados e traços de água
presentes na camada superior da derme (stratum corneum) gerando
espécies reativas de oxigênio (ROS) e lipooligopeptídeos
(LOP), entre os quais está o peróxido de
hidrogênio (H2O2). Somente ROS e LOPs prontamente formados a
partir dessa reação podem ser parcialmente reduzidos pelos
antioxidantes enzimáticos da pele (glutation oxidase,
superóxido dismutase, catalase) e não enzimáticos de baixo
peso molecular (isoformas de vitamina E, vitamina C, glutation,
ácido úrico e ubiquinol) ou serem parcialmente absorvidos via
endovenosa e por capilares linfáticos. As ROS são os mais
efetivos e naturais agentes contra os patógenos
resistentes a antibióticos. Além disso, melhora o metabolismo e
as funções imunológicas, contribuindo para uma recuperação
satisfatória (VALACCHI et al, 2005). Dentre os
possíveis efeitos biológicos provocados pela autohemoterapia
maior ozonizada e aplicações tópicas de ozônio pode-se
exemplificar a diminuição da fibrinogenemia e do
colesterol no plasma, aumento da glicólise, do ATP, do 2-3
difosfoglicerato e da disponibilidade do oxigênio, com redução
na taxa de sedimentação dos eritrócitos, manutenção da
pressão arterial e queda da pressão venosa. Nas plaquetas
pode-se observar aumento de fatores de crescimento como TGFß e
PDGF. Nos leucócitos pode-se observar aumento do PGE2 (BOCCI,
1996). O objetivo deste trabalho foi avaliar a
eficiência do uso tópico da água e óleo ozonizados, em
associação com autohemoterapia maior ozonizada no tratamento de
habronemose cutânea em um eqüino.
MATERIAIS E MÉTODOS
Uma égua com aproximadamente 3 anos de idade, raça indefinida apresentando extensa ferida rostral localizada na lateral cefálica direita entre o olho e narina, com suspeita de habronemose cutânea, foi utilizada no presente experimento.
Quinhentos mililitros de água bidestilada deionizada e duzentos mililitros de óleo de girassol foram ozonizados através de um gerador de ozônio com capacidade para produzir 0,0014g / O3 / hora, alimentado por ampola de O2 com 99,5% de pureza, à pressão de 200 Kgf / cm2, num fluxo de 3 L / minuto, mantendo-se os frascos dentro de caixa isotérmica contendo bolsas de gelo recicláveis. Imediatamente após a ozonização a água e o óleo ozonizados foram aplicados sobre as lesões, duas vezes ao dia, desde o primeiro dia de tratamento até a presente data. Duzentos mililitros de sangue foram retirados do animal via punção da veia jugular, recolhidos em bolsa de transfusão de sangue com capacidade para 400 mL, contendo 30mL de anticoagulante , e introduziram-se duzentos mililitros da mistura oxigênio ozônio obtida através do mesmo gerador. Após homogeneização, o sangue ozonizado foi transfundido ao animal pela mesma via. Este procedimento foi repetido duas vezes durante dois meses.
RESULTADOS
A extensa ferida rostral localizada no antímero direito entre o olho e narina, levantando suspeita clínica de habronemose cutânea pode ser evidenciada na figura abaixo pela fotografia do canto esquerdo, obtida no dia da chegada do animal. Observa -se grande área de destruição tecidual, acompanhada de necrose epitelial, com hemorragia e exposição de tecido subcutâneo em quase toda a lateral cefálica direita, com queda de pelos, exalando odor desagradável e estendendo-se longitudinalmente do chanfro nasal até a comissura ocular anterior, com comprometimento parcial da visão do olho direito que apresentava corrimento ocular mucopurulento. Surgimento de pequenos nódulos de consistência rígida, que apresentavam ao corte substância brancacenta, podiam ser observados com certa freqüência nos primeiros dias de tratamento. No estágio atual do tratamento, como pode ser evidenciado pela fotografia localizada no canto inferior direito, observou-se ausência de corrimento ocular e gradativa formação de tecido de regeneração em substituição à pele necrosada, com rápida redução da área afetada e, decorridos dois meses de tratamento, a regeneração tecidual e cicatrização de quase toda a superfície lesada apontaram para a cura clínica do animal.
CONCLUSÕES
Nas concentrações, posologia e vias de aplicações utilizadas, o tratamento mostrou-se eficiente na regeneração das lesões cutâneas do eqüino tratado no presente experimento. O tempo dispendido no tratamento até a fase atual de regeneração, bem como os custos terapêuticos, estão compatíveis com os procedimentos tradicionais de tratamento. Maiores estudos com vistas à padronização de posologia para este tipo de enfermidade devem ser incentivados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCCI, V. Ozone as a bioregulator.
Pharmacology and toxicology of ozonetherapy today. Journal of
Biological Regulators and Homeostatic Agents. 10(
2-3):31-53,1996.
BOWMAN, D.D., LYNN, R.C. Georgis parasitology for
veterinarians. 7 ed. Sauders, Philadelphia, 1999.
DUNN, A.M. Veterinary helminthology, 2 ed., William Heinmann,
London, 1978.
GASTHUY, F.M., VAN HEERDEN, M., VERCRUYSSE, J. Conjunctival
habronemiosis in a horse in Belgium. Vet. Rec., 154(24):757-758.
2004.
LEVINE, N.D. Nematode parasites of domestic animals and man.
Burgess, Minneapolis, 1968.
MOHAMED, F.H., ABU SAMRA, M.T., IBRAHIM, K.E., IDRES, S.O.
Cutaneous habronemiasis in horses and domestic donkeys (Equus
asinus asinus). Rev. Elev. Med. Vet. Pays. Trop. 42(4): 535-540,
1990.
SARTORI, H.E. Ozone the eternal purifier of the earth and
cleanser of all living beings. Life Science Foundation, Flórida,
269p.,1994.
SOULSBY, E.J.L. Textbook of veterinary clinical parasitology.
v.1. Helminths, Blackwell, Oxford, 1965.
SOULSBY, E.J.L. Helminths, arthropods and protozoa of
domesticated animals. Bailliere Tindall, London, 1986.
TREES A.J., MAY, S.A., BAKER, J.B. Apparent case of equine
cutaneous habronemiasis. Vet. Rec. 115(1):14-15, 1984.
VALACCHI, G., FORTINO, V., BOCCI, V. The dual actions of ozone on
the skin. British Journal of Dermatology. 153:1096-1100, 2005.
3- EFEITO DA AUTOHEMOTERAPIA ASSOCIADA COM CLORABUTANOL NO TRATAMENTO DA PAPILOMATOSE ORAL EM CÃO (Canis familiaris) RELATO DE CASO
Cesarino, M.1; Ávila, D. F.1;
Fernandes, C. C.1; Silva, C. B.1; Scherer, D. L.3; Dias,
T.A4.; Mendonça C. S.2.; Castro, J. R.3
1. Residente do Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina
Veterinária da
Universidade Federal de Uberlândia (FAMEV-UFU).
2. Mestre e Médica Veterinária Administrativa do Hospital
Veterinário
(FUNDAP/UFU).
3.Pós-graduanda em Ciências Veterinárias da FAMEV-UFU.
[email protected].
A papilomatose oral canina se caracteriza pela ocorrência de papilomas únicos ou múltiplos nas membranas da mucosa oral, sendo causada por vírus infectes de cães. Os sinais ocorrem quando as verrugas se proliferam no trato gastroentérico, principalmente na cavidade oral. Ocorre a dificuldade na alimentação e contaminação devido às lesões decorrentes durante a mastigação. Os papilomas podem regredir espontaneamente em algumas semanas. Às vezes se faz necessário a remoção cirúrgica, com uso de técnicas eletrocirúrgicas. O papilomavírus é espécie-específico e comumente acomete uma determinada área do corpo, sendo os cães jovens os mais afetados. O vírus é um RNA de fita dupla, com transmissão por contato direto, fômites e, possivelmente por insetos. O objetivo deste trabalho foi verificar a eficácia da autohemoterapia associado ao uso do clorabutanol, no tratamento de um caso de papilomatose oral canina. Uma cadela mestiça de seis meses e 12 Kg, foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com histórico de surgimento de verrugas da boca há dois meses anteriores à consulta. No exame físico, o animal apresentava-se ativo, hidratado, com mucosas normocoradas, pêlos brilhantes e temperatura retal normal (38,5ºC), com bom estado geral. No exame das vias digestivas anteriores estavam presentes feridas papilomatosas em toda mucosa oral, atingindo principalmente a gengiva e a língua. As lesões eram branco-acinzentadas, de consistência firme, em forma de couve-flor, com alguns nódulos erodidos em sua superfície. A cadela foi tratada com autohemoterapia e clorabutanol. Foram feitas aplicações intramusculares de 3 ml do soro do animal, 1 vez por semana, durante 15 dias e do clorabutanol (30mg/kg), de 3 em 3 dias durante 9 dias. O resultado foi satisfatório após 15 dias de tratamento, com escurecimento, regressão e desaparecimento de 60% dos nódulos papilomatosos. Os nódulos remanescentes a terapia instituída foram removidos por exérese cirúrgica, a fim de se evitar o desprendimento durante a alimentação e possíveis complicações com hemorragias e contaminação, além de assegurar o bem estar do animal.
Palavras chave: autohemoterapia, clorabutanol, papilomatose oral.
FONTE: página 62 do arquivo: http://www.famev.ufu.br/documentos/anais_secivet_2008.pdf
Endereços destes trabalhos:
http://autohemoterapia.fortunecity.com/placebo.htm
e http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/placebo.htm
VEJA TAMBÉM:
Relatos de pessoas que utilizam a
Autohemoterapia na Veterinária:
http://autohemoterapia.fortunecity.com/relatos_veterinaria.htm
e http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/relatos_veterinaria.htm