Publicados no Jornal da Cidade .NET
O Mais completo de Sergipe
http://www.jornaldacidade.net/2008/index.php

http://2008.jornaldacidade.net/2008/buscar.php


Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...

Textos: Jorge Martins Cardoso (Médico)


Os links dos artigos: Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos... , sofreram alterações no jornal: Jornal da Cidade. Abaixo alguns links atualizados:

artigo 45:
http://2008.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=82738

artigo 53:
http://2008.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=88449

artigo 50:
http://2008.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=86806

Buscas pelos artigos do médico sobre a auto-hemoterapia no link:
http://2008.jornaldacidade.net/2008/buscar.php

-

Também em:

http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/fleming_antibioticos.htm

http://autohemoterapia.fortunecity.com/fleming_antibioticos.htm

http://autohemoterapia.orgfree.com/fleming_antibioticos.htm



(I) Publicada: 03/12/2008

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Recentemente, despertou-me a atenção, um artigo escrito pelo advogado Clóvis Barbosa (ex-presidente da OAB de Sergipe), publicado no JORNAL DA CIDADE (16-11-2008, pg. B-6), intitulado “Operação Valquíria”. No artigo, o fato teria acontecido em 1944, na Alemanha e, existe referência ao marechal Rommel, “a raposa do deserto”. Por que “raposa do deserto” e qual deserto? Em 1942 ou 1943, o alemão marechal Rommel estava trocando tiros com o britânico marechal Montgomery nos “desertos” do norte da África. Estrategista habilidoso (daí raposa), Rommel, estava levando vantagem sobre o inimigo, quando, para ajudá-lo, por lá apareceu o então primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Se for possível, gostaria de saber do Dr. Clóvis Barbosa, em que ano o Sr. Winston Churchill esteve no norte da África. Ficaremos bastante agradecidos. O apelo parece-me fazer sentido, pois no episódio que relataremos abaixo, estiveram envolvidos o Dr. Fleming, o comandante da RAF e o primeiro-ministro britânico, durante a II guerra mundial, no norte da África.

O texto a seguir é de autoria do médico carioca Dr. Luiz Moura: Alexandre Fleming e a descoberta do antibiótico.

“Ele foi filho de um jardineiro que chegou a Lorde, porque jamais um filho de jardineiro tinha chegado a Lorde, graças ao “bendito” afogamento de Winston Churchill, que tinha oito anos de idade quando caiu num poço, enquanto Fleming tinha dez anos. Alexandre Fleming era filho do jardineiro do pai de Winston Churchill, que chamava-se Lorde Churchill. Fleming salvou Winston Churchill, tirando-o do poço. O Lorde Churchill chamou o pai de Fleming e disse: olha, a vida do meu filho não tem preço, peça alguma coisa que eu lhe darei, se quiser uma casa eu lhe darei uma casa. O pai de Fleming disse não, eu não preciso de casa, eu já nasci aqui, meu pai nasceu aqui, meu avô é que foi o primeiro que trabalhou aqui. Eu preciso é conseguir atender um desejo de um filho meu. Eu tenho quatro filhos, três vão ser operários como eu, não têm interesses, mas o Alexandre, desde pequenininho ele diz que quer ser médico e quer ser pesquisador, desde pequeno, e eu não teria a menor condição de atender ao desejo dele.

Aí disse o Lorde Churchill: então ele será, se tiver capacidade, ele será, por falta de dinheiro é que não haverá problema. Então ele se formou em Medicina, o Alexandre. E com a humildade dele, graças à humildade dele, foi que ele descobriu a penicilina. Porque Lorde Churchill ofereceu para ele, qualquer quarto da mansão, nos 100 quartos na mansão dele, e o Alexandre disse: não eu... - isso foi contado pelo próprio Alexandre no Hospital do Servidor do Estado em 1951, na Rua Sacadura Cabral (1) - então Lorde Churchill disse você escolhe um dos 100 quartos. Não, o senhor às vezes enche isso aí de convidados, fica tudo lotado, basta um lugar debaixo da escada, eram duas escadas em curva que subiam para o segundo andar, e ele disse, ali debaixo tem espaço suficiente para montar o laboratório, e por sorte, aquilo era um lugar muito úmido, e ele fazendo experiências com placas de cultura, devido à umidade, um fungo que adora a umidade que é o Penicillium notatum, destruiu uma daquelas placas de cultura de determinado micróbio, foi destruído pelo fungo.

Ele como era um pesquisador, em vez de jogar fora com raiva, a parte estragada, ele quis saber por que tinha havido aquele halo de destruição, e encontrou esse fungo e descobriu que esse fungo secretava uma substância.

O fungo era o Penicillium notatum e a substância penicilina. “Então Fleming começou a usar o antibiótico em vacas e cavalos do jóquei clube de Londres, e em vacas das fazendas das imediações que estivesse com alguma doença infecciosa, pneumonia, etc. ele usava”.

“Até que um dia aparece o comandante da Royal Air Force (2), que foi buscá-lo para ele aplicar a penicilina em Winston Churchill, que estava morrendo no norte da África. Winston Churchill tinha ido dar apoio moral ao marechal Montgomery, o inglês, que estava levando a pior com o marechal Romell, a raposa do deserto de Hitler, e ele foi lá para dar apoio e contraiu uma pneumonia dupla, (3) como não tinha mais recursos, estava praticamente desenganado. Aí, ele e o comandante da Royal Air Force, sozinhos, atravessaram por cima da Europa, passando por zonas ocupadas pelos alemães, mas em grandes altitudes. Eles poderiam contornar pela Espanha, dando a volta por regiões não perigosas, mas eles passaram por cima, e ele (Dr. Fleming) chegou a tempo de aplicar em Winston Churchill a penicilina. Só que ele, com a simplicidade dele, disse ao comandante da Royall Air Force: mas logo Winston Churchill vai ser o primeiro ser humano a receber uma injeção de penicilina? Logo Winston Churchill nosso primeiro-ministro? O comandante disse: mas é tudo ou nada, o caso dele está perdido! E assim Dr. Fleming salvou pela segunda vez a vida de Winston Churchill. A primeira no poço que resultou nele estudar medicina, e depois salvou no norte da África ao aplicar-lhe a penicilina”.

“Agora, aí é que vem o lado importante. Aí Dr. Fleming diz o seguinte: que as pesquisas dele tinham constatado que os micróbios, ao longo de dez anos iam criando resistência ao antibiótico (penicilina), pois tinha constatado que depois os micróbios perdiam a memória. Se ficasse um tempo sem usar o antibiótico tal fato não aconteceria. Então aconselhava Dr. Fleming, todo antibiótico deveria ser usado num prazo máximo de dez anos, e depois descontinuado se possível, alguns anos, ou se possível durante dez anos, já que, outros antibióticos iam surgir.

Porque desde que foi descoberto o mapa da mina, que um fungo produzira um antibiótico, outros fungos também produziriam efeito sobre os mesmos micróbios, ou outros tipos de micróbios. Por isso (pelo fato de tal constatação de Dr. Fleming não ter sido levada em consideração), é que surgiu essa quantidade enorme de antibióticos, tudo à base de fungos. Então era só fazer isso, mas a ganância (4) resultou em usar a penicilina permanentemente, a não descontinuar, e com isso os micróbios criaram resistência. E hoje já há até, dizem de brincadeira os médicos que trabalham em hospital, há até micróbios residentes, que já até adoram os antibióticos. Já não são só resistentes... são residentes”.

“Então essa é que foi a história contada por Alexandre Fleming, o descobridor da penicilina. E foi a penicilina, foram os antibióticos que levaram a descontinuar o uso da Auto-Hemoterapia, quando o normal, o que certo seria era acrescentar. Somar e não substituir. Por quê? Porque cada um age de uma forma diferente. Os antibióticos agem impedindo a reprodução dos micróbios. E o sistema imunológico é que, aproveitando o enfraquecimento, a pouca quantidade de micróbios, e sendo ativado o sistema imunológico do ser humano, pelos próprios micróbios, e dando tempo para isso – pelo fato do antibiótico controlar a reprodução dos micróbios – os macrófagos (5) do corpo humano devoram os micróbios”. “Se tivesse continuado, se tivesse usando a Auto-Hemoterapia junto com os antibióticos, até haveria muito menos casos de resistência aos antibióticos. Porque não sobrariam cepas resistentes de micróbios. Que, depois, se reproduzem, em outras cepas resistentes de micróbios”.

“Porque muita gente pensa que antibiótico é bactericida. Não. Antibiótico não mata bactéria, ele só paralisa a reprodução das bactérias. Quem mata bactéria é nosso sistema imunológico, é ele quem completa o trabalho do antibiótico. O antibiótico dá chance de ativar o organismo para vencer a infecção”.

Observação do escriba: O que afirmamos com segurança, é que na década de 40 do século XX, muitos médicos-cirurgiões, nas principais cidades brasileiras, usavam a auto-hemoterapia em seus pacientes, para evitar infecções pós-operatórias. Com o advento dos antibióticos, tal terapia, infelizmente, começou a cair em desuso. Por quê?

(1) – Rua Sacadura Cabral – Rua do centro do Rio de Janeiro, onde ficava o diário “O Jornal”, 1º jornal de propriedade do polêmico jornalista Assis Chateaubriand, que funcionou durante as décadas de 20, 30, 40, 50 e 60. (Fonte: livro Chatô o Rei do Brasil, de Fernando Morais, edição 1994, página 17). (2) – Royal Air Force – Força Aérea Real. (3) – Pneumonia dupla – Processo de condensação localizado nos dois pulmões, devido a uma reação inflamatória, infecciosa ou não, primária ou secundária. A localização mais comum é nos lobos inferiores (Fonte: Dicionário de Clínica Médica de Dr. Humberto Oliveira GarboGGini, editora Formar Ltda., edição de 1970, página 1427. O dicionário é dividido em quatro volumes, com um total de 1876 páginas. (4)– Ganância – s.f. 1 – ânsia exagerada de ganho. 2 – ganho ilícito; usura. Ganancioso – adjetivo e sub. masc. – 1 – (indivíduo) cheio de ganância, ambicioso. 2 – Que ou quem só visa ao lucro. Observação do articulista: exemplo, as multinacionais e seus colaboradores. (5) – Macrófagos – ou histíócitos, células do sistema retículo-endotelial, com funções de englobar partículas e hemácias doentes ou senis (página 1126 do dicionário supra-citado). Bom dia e até um próximo dia.

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=20351


(II) Publicada: 06/12/2008

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

O texto a seguir é de autoria do jornalista J. D. Ratcliff, publicado na revista Seleções do Reader’s Digest, em novembro de 1943, páginas 24, 25, 26, 27 e 28.

“A magia amarela da penicilina”. Aqui se dá notícia de um novo medicamento que surge, e é possível que constitua uma das descobertas mais notáveis da ciência médica. Infelizmente, a “penicilina” não é por enquanto acessível ao público em geral. A produção é ainda tão pequena que as próprias forças armadas não podem dispor da droga em quantidade suficiente. Vale dizer que aos civis, ainda por longo tempo, não será permitido adquiri-la. Pedimos aos que nos lerem que não corram a fazer, sobre o assunto, perguntas aos seus médicos, ou ao Conselho Nacional de Pesquisas e outras fontes referidas no artigo.

Um dos episódios mais impressionantes de toda a história médica é o aparecimento desta nova droga – a “penicilina”. Há um ano, era ela apenas uma curiosidade de laboratório, do conhecimento exclusivo de alguns pesquisadores. Hoje, os cientistas acreditam que tem, na penicilina, a mais poderosa das armas de que ainda se dispõe no combate a diversas moléstias, entre as quais a pneumonia, a blenorragia e o envenenamento do sangue. É tão eficaz quanto à “sulfas” no ataque às infecções estreptocócicas; e não conhece rival na reação contra o estafilococo, o infeccionador das feridas, tão daninho à vida humana na paz como na guerra.

Observação do escriba: a história das sulfas, comercialmente, precede à dos antibióticos. A descoberta das sulfas estão ligadas às gigantescas fábricas de tintas e produtos químicos, lideradas pela maior de todas elas, a I. G. Farben Industries, que antes e durante a II guerra mundial, era considerada o coração da máquina de guerra da Alemanha nazista. A primeira sulfa foi patenteada na noite de natal de 1932, e colocada à disposição do público em 1935. Era a sulfanilamida e que recebia o nome comercial de “Prontosil”.

A história da penicilina começa em 1929, (1) quando o Dr. Alexander Fleming, trabalhando no seu laboratório da Universidade de Londres, (2) examinava uma lâmina de cultura, com milhões de bactérias. Sua visão aguda surpreendeu alguma coisa de estranho – uma espécie de pinta verde, cercada por um fluido claro. Havia um corpo qualquer que estava destruindo as bactérias! Um bolor, vindo do ar sobre a lâmina, lhes estava causando a morte súbita, numa escala sem precedentes. Foi assim, a um golpe de sorte, mas, ao mesmo tempo, de observação atilada, que surgiu a penicilina. Um bolor é uma forma inferior da vida vegetal, uma planta primitiva. O que vinha produzindo a matança, na lâmina de cultura, era o Penicillium notatum, parente do bolor verde do queijo Roquefort. Alguma substância, por ele segregada, seria naturalmente o destruidor do micróbio. O Dr. Fleming isolou o bolor; mas as investigações respectivas não fizeram qualquer progresso durante dez anos. Porque essa longa pausa? Não deixará de haver uma explicação. A quimioterapia, isto é, a cura das doenças pelo uso de agentes químicos, não despertava, na época, maior interesse. Muita gente havia lutado à procura de tais projéteis mágicos com que matar os micróbios, sem que se chegasse a resultados.

Os produtos químicos, porventura postos à prova, matavam, via de regra antes os doentes que os micróbios. Até que surgiram as sulfas, para reanimar as hostes. As sulfas fizeram prodígios contra algumas enfermidades causadas por bactérias, mas fracassaram no combate a outras.

Urgia encontrar alguma coisa própria para enfrentar as terríveis infecções de feridas que se verificaram na guerra. O Dr. Howard Florey, (3) de Oxford, lembrou-se então de Fleming. Aquele bolor verde era um veneno para as bactérias nas lâminas de cultura. Não o seria também no corpo humano? Nem Dr. Florey nem seus colegas tinham a mais leve idéia sobre o assunto. Mas deliberaram investigar – e hoje temos todos a agradecer-lhes que hajam assim procedido.

Entregaram-se à tarefa, certamente fastidiosa, de fazer desenvolver o bolor verde em frascos de louça de barro. Quando o bolor se apresentou sob a forma de um duro tecido esponjoso, chegou a vez dos químicos. Os químicos chegaram a um pó amarelo-pardo. As primeiras experiências sobre o pó amarelo foram feitas em provetas. Apurou-se que bastava uma parte em 160 milhões, para fazer sentir os seus efeitos no sentido de retardar o desenvolvimento das bactérias! Era deveras extraordinário, pois se tratava de uma substância, centenas, milhares de vezes mais poderosa do que as sulfas. O Dr. Florey e seus auxiliares prepararam um filtro mágico para as suas vítimas, que eram os estreptococos piogênicos, um infeccionador comum das feridas.

Aplicaram em 50 ratos dose maciças, mortais, de estreptococo, separando-os em seguida em dois grupos, cada um de 25. Um dos grupos recebeu penicilina, o outro, não. Dezessete horas decorridas, todos os 25 deste último (os que não receberam penicilina) estavam mortos. Dos 25 do primeiro grupo (os que receberam penicilina), apenas um morreu. Seguiram-se centenas de outras experiências com ratos, com resultados absolutamente favoráveis.

Julgou-se Howard Florey então habilitado a passar do rato para o homem. No verão de 1941, escolheu os pacientes aos quais aplicaria a nova droga, a que já se dera o nome de penicilina. Eram vítimas, quase todos, de impiedosas doenças, e sem esperança de cura, diante dos tratamentos existentes. Gente, por conseguinte, que se achava na antecâmara da morte. A estes doentes, considerados perdidos, ministrou-se, dissolvido em água, e por meio de injeção na corrente sanguínea, o mágico pó amarelo. Quase todos eles se salvaram. Tornou-se desde logo indiscutível que a penicilina era uma arma tremenda contra os estafilococos.

Havia, porém, no caso, uma grave circunstância desfavorável: a produção de penicilina era incrivelmente difícil. Os suprimentos eram tão escassos, que o Dr. Florey tinha que recuperar a penicilina da urina dos pacientes. Em tais condições, não passaria a droga de uma veleidade de pesquisadores. A menos que fosse produzida nas proporções devidas, nunca transporia francamente as portas dos hospitais. A Inglaterra, tão assoberbada de dificuldades por todos os lados, não tinha meios de resolver o problema. Volveu-se então Dr. Florey para os Estados Unidos. (1) - Na verdade o Dr. Fleming descobriu a penicilina em 1928, quando estava estudando estafilococos, em seu laboratório particular na Escócia, na casa de “verão” do Lorde Churchill. Só em junho de 1929 é que Dr. Fleming publicou o primeiro relatório sobre a penicilina. Em vez dos efusivos cumprimentos que ele esperava o relatório mal despertou a atenção. Dr. Fleming ficou grandemente desapontado.

(1ª fonte: do livro “Triunfos da ciência moderna”, de autoria de Melvin Berger, editora Record, 154 páginas, edição de 1965 - pg. 17 e 20. 2ª fonte: depoimento do médico Dr. Luiz Moura. 3ª fonte: almanaque abril, edição de 2008, editora Abril, 730 páginas – página 170, que diz: O Salvador de Vidas - “Em 1928, o bacteriologista escocês Alexander Fleming (1881-1955) estudava a bactéria Staphylococcus aureus. Como ele se esquecera de tampar o experimento, o bolor que crescia na janela dominou a cultura de bactérias. Fleming já estava para se livrar do material quando notou algo extraordinário: no prato infectado pelo fungo Penicillium notatum, as bactérias haviam desaparecido. Além disso, o mesmo bolor liberava uma substância poderosa, capaz de destruir micróbios causadores de pragas como pneumonias e sífilis. Batizado de penicilina, o incrível elixir revolucionou a medicina. A penicilina ficou conhecida como “remédio milagroso”, mas o próprio Fleming já admitia as limitações da droga, que favorecia o surgimento de bactérias resistentes”. (2) Dr. Fleming estudou e se formou em medicina na Faculdade de Medicina de Santa Maria que ficava na cidade de Londres. (fonte: do livro acima citado, página 15). (3) – Em 1938, dois cientistas da Universidade de Oxford, Harold Florey (nascido em 1898), e Ernest Chain (nascido em 1906), tomaram conhecimento do relatório de Dr. Fleming e decidiram fazer investigações. (fonte: do livro acima citado, página 20). Bom dia e até um outro dia.

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=20644


(III) Publicada: 11/12/2008

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

No seu laboratório de Peoria, no Ilinóis, empreendeu o Departamento de Agricultura o ataque de frente e decisivo. Trataram ali, os pesquisadores de encontrarem meios e modos de estimular o bolor. Verificaram que o licor que se obtém saturando de milho a água - aliás, um subproduto da indústria do amido – era uma dieta excelente para conduzir o bolor a maior produção. O fato é que acabaram conseguindo um rendimento do pó muitas centenas de vezes maiores do que o obtido na Inglaterra, transformando desse modo uma curiosidade de laboratório em alguma coisa passível de utilização comercial. Três grandes empresas farmacêuticas – Merck & Company, E. R. Squibb & Sons, e Charles A. Pfizer & Company – dispuseram-se a promover o desenvolvimento do bolor, para extração da droga.

Observação do escriba: Dr. Fleming descobriu a penicilina em 1928, em seu laboratório, que ficava na Escócia. Em 1929, fez um relatório do seu trabalho e apresentou à comunidade científica de Londres. Os “professores” e “cientistas” de Londres (pelo amor de Deus leitores, não confundir com Natal, capital do planeta Brasil), não deram muita importância ao trabalho e às pesquisas cuidadosas de Dr. Fleming. Afinal, para os “professores” e “doutores” de Londres, Dr. Fleming não passava de filho de um humilde jardineiro. Embora decepcionado, o “teimoso” Dr. Fleming, continuou suas pesquisas e seus trabalhos, aplicando a penicilina em cavalos do jóquei clube de Londres, e em outros animais, nas fazendas próximas do lugar em que havia se criado, na Escócia. Com a proximidade da 2ª guerra, os interesses comerciais e os olhos grandes de grandes corporações farmacêuticas americanas, aumentaram de tamanho. Ali estava mais uma boa oportunidade de obter lucros em cima de mais uma guerra, ou seja, em cima da miséria dos outros. E assim foi, e assim aconteceu! Abaixo, continuamos o artigo do jornalista J. D. Ratcliff, publicado em novembro de 1943.

Tornava-se, porém, indispensável que os médicos militares aprendessem a dirigir-lhe o respectivo uso. O emprego da droga tinha que ser cuidadosamente ensaiado em hospitais civis. Essa parte da questão ficou a cargo do Comitê de Quimioterapia do Conselho Nacional de Pesquisas, de que é presidente o Dr. Chester S. Keefer, diretor do Hospital Evans, de Boston. De modo geral, o precioso medicamento seria apenas usado em casos nos quais não restasse a mínima esperança, e, sobretudo para combater infecções estafilocócicas.

Completou-se agora um ano que as provas tiveram início. Centenas de pacientes já por elas passaram. No que concerne a envenenamento de sangue, de origem estafilocócica foram salvos na média de dois para cada grupo de três. No Hospital Geral Bushnell, em Brigham, Estado de Utah, aplicou-se a penicilina a um grupo de soldados, portadores de grandes feridas infeccionadas que em vão, havia meses, se tinha tentado curar. Ficaram bons em semanas. Na Clínica Mayo, empregou-se a penicilina em três casos de blenorragia, para os quais o uso das sulfas se revelara improfícuo. Dezessete horas apenas depois de iniciado o novo tratamento, já os pacientes acusavam, segundo exames de laboratório, a ausência do micróbio.

Como atua a penicilina? Ninguém o sabe ao certo. Todavia, alguns fatos são claros. Na proveta, a droga não destrói diretamente as bactérias, mas detém a reprodução. É o que fazem precisamente as sulfas. Uma vez que a reprodução das bactérias é retardada ou detida, as células brancas do sangue têm pouca dificuldade na destruição total dos invasores. (1).
A penicilina tem tido, entretanto, ação rápida, verdadeiramente dramática, na cura de alguns casos de pneumonia, que resistiram às sulfas, e muito promete contra a meningite. Eficaz contra furúnculos, antrazes, e algumas infecções incômodas da vista, tem sido usada com êxito para debelar a infecção da cavidade mastóide, e tudo faz crer, será útil contra a gangrena gasosa, que tanto ameaça aos soldados. Os suprimentos de penicilina são ainda pequenos. O Exército dos Estados Unidos reclama uma quantidade muitas vezes, maior que a que se vem produzindo. Treze empresas farmacêuticas em aditamento às três primeiras a que nos referimos, se estão preparando para trazer seu concurso no sentido de que esse pedido das forças armadas seja o mais possível satisfeito. Por muito que se aumente a produção, é pouco provável que o medicamento possa existir à disposição dos civis antes do fim da guerra.

A única esperança de melhoria na situação está na síntese. Se os químicos pudessem produzir artificialmente a droga. Mas essa esperança é mais do que remota. A experiência mostra que a penicilina é um complexo químico difícil, senão, impossível de ser sintetizado. Como quer que seja, porém, não há mais dúvida de que ela é uma arma incomparável contra a morte, e vai figurar definitivamente entre as maiores realizações de que rezam, através dos tempos os anais das pesquisas médicas.

(1) – No texto, no artigo do jornalista J. D. Ratcliff, publicado em novembro de 1943 (por conseguinte há 65 anos atrás), ele é enfático, ao afirmar que a reprodução das bactérias é retardada ou detida, enquanto as células brancas do sangue têm facilidade na destruição total dos invasores (bactérias, acrescentamos nós).

Observação do escriba: passados sessenta e um anos, portanto em 2004, eis que o médico Dr. Luiz Moura, ao lado de sua esposa Dra. Vera Moura (a mesma tem nível superior em Farmácia), grava um DVD no qual conta a sua experiência com a Auto-Hemoterapia, conta a verdadeira história da valiosa pesquisa da penicilina e do Dr. Fleming (o qual recebeu o título de Sir Alexander Fleming), e no DVD ele diz o seguinte: os antibióticos não matam as bactérias, apenas retardam ou detém a reprodução das bactérias, os antibióticos não são bactericidas, os antibióticos são bacteriostáticos, quem realmente destrói os microorganismos é o nosso sistema imunológico, ou seja, as células brancas do sangue, conhecidas genericamente como leucócitos, e, principalmente os macrófagos. O uso da Auto-Hemoterapia estimula o nosso sistema retículo endotelial, que por sua vez estimula a parte vermelha da medula óssea, que por sua vez, começa a produzir um número maior de macrófagos (quatro vezes superior ao normal). Aumentado o número de macrófagos, tais células brancas, atuam com vigor sobre as bactérias e outras partículas estranhas ao nosso organismo, destruindo-as. Enquanto a antibioticoterapia (o uso de antibiótico ou de antibióticos), retarda ou detém a multiplicação das bactérias, a auto-hemoterapia (o uso do próprio sangue), destrói e devora as bactérias.

Muito embora a revista Seleções do Reader’s Digest faça parte da chamada “literatura leiga”, no artigo em questão, “A Magia Amarela da Penicilina”, de autoria do jornalista J. D. Ratcliff, publicado em novembro de 1943, páginas 24 a 28, a aludida revista dá um testemunho do valor da imprensa escrita, e deve figurar definitivamente entre os maiores artigos de que rezam, através dos tempos, os anais da imprensa escrita. Bom dia e até um próximo dia.

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=20929


(IV) Publicada: 20/12/2008

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Como ficou demonstrado em artigos anteriores, o uso de antibiótico (penicilina) em seres humanos, a nível comercial e em escala industrial, teve seu início durante a II Guerra Mundial, provavelmente no início de 1944. Ainda assim, o seu uso era limitado às forças armadas americanas. Entretanto, é de se supor que alguns segmentos das tropas “aliadas” tivessem tido acesso à “droga milagrosa”. Alguns civis foram submetidos ao uso experimental da penicilina.

Outros civis mais afortunados podem ter feito uso do referido antibiótico, ou seja, “usando dos seus prestígios”, às escondidas, por debaixo do pano, usaram a “misteriosa e milagrosa” penicilina, pois, como todos nós já sabemos “ninguém é de ferro”. Como costumam dizer, somos todos feitos de “carne e osso”.

Então, sem a existência da penicilina, há de se fazer algumas perguntas: como as pessoas se tratavam dos casos de pneumonia? Como elas de tratavam das pecaminosas sífilis e blenorragias? Como eram tratadas as senhoras, portadoras da temida febre puerperal? Como se curavam as pessoas portadoras de infecções estafilocócicas, quer fossem localizadas ou generalizadas? Os militares ou os civis que eram submetidos às mais variados tipos de cirurgia, como se cuidavam?

É preciso relembrar que antes do advento da penicilina (antibioticoterapia), já eram usados agentes químicos (quimioterapia) no combate a certas infecções, com destaque para os derivados do bismuto, do arsênico e as sulfas, para citarmos as terapias medicamentosas mais conhecidas antes da II Guerra Mundial. Porém, tais terapias tinham o seu uso bastante limitado.

O uso de quimioterápicos matavam, por via de regra, antes os doentes que os micróbios. O uso de agentes químicos provocava, em muitos casos, mais malefícios do que benefícios. As próprias sulfas, bem mais seguras levada ao conhecimento público em 1935, tinham também as suas limitações. Observação do escriba: no dia 15 de janeiro de 1935, Gerhard Johannes Paul Domagk, - médico e bacteriologista alemão - publicou na revista médica alemã mais famosa da época, a “Deutsche Medizinische Wochenschrift”, o artigo “Contribuições à Quimioterapia da Infecção Bacteriana”. No entanto, a sulfa de Gerhard Domagk, o “Prontosil” só se tornaria conhecida internacionalmente, quando o consagrado jornal médico inglês “The Lancet” (O Bisturí), descreveu o tratamento realizado no Hospital Rainha Carlota, em Londres, em 1936, divulgando o sucesso dos médicos Dr. Leonard Kolebrock e Neave Kenny ao curar, com sucesso, trinta e cinco mulheres com infecção pós-parto. (fonte: História da Medicina, Editora Abril Cultural, edição de 1970, II volume, página 586 – são dois volumes, totalizando 650 páginas). Na época, os cientistas, os médicos, a imprensa e muitos pacientes mais bem informados tinham conhecimento do valor dos agentes químicos, todavia também sabiam que em muitos casos, tais produtos poderiam trazer conseqüências danosas, até mesmo produzir a morte. A maioria da população de nada sabia. O que os médicos receitassem, era imediatamente aceito pelos pacientes. Resultado: o uso de agentes químicos (a quimioterapia), se por um lado poderiam salvar muitas vidas, por outro, poderiam provocar a morte. Porém, porém, porém...

Em maio de 1936, um artigo foi publicado no “The American Journal of Surgery” (O Jornal Americano de Cirurgia), em sua página 321, com o título: “Autohemotransfusion in Preventing Postoperative Lung Complications” (Autohemotransfusão e Prevenção das Complicações Pulmonares Pós=Operatório). O autor do artigo era o Dr. Michael W. Mettenletter, um médico-cirurgião dos Pós-Graduate Hospital, de Nova York (Hospital de Pós-Graduação de Nova York). O Dr. Michael Mettenletter, considerando os excelentes resultados do processo, como método curativo das pneumonias pós-operatórias declaradas, tendo sido aconselhado pelo Dr. Vorschutz, resolveu empregá-lo como profilático em 300 (trezentos) casos de sua clínica particular e não teve uma só complicação pulmonar. A não ser pequena área trombótica em um pulmão, cinco dias após a operação. São de Dr. Michael Mettenletter as seguintes palavras: “as alterações físico-químicas, na totalidade do sangue e do soro, são tão delicadas e ocorrem tão rapidamente, que nenhuma comparação pode ser feita entre o sangue retirado de uma veia e reinjetado intramuscularmente e o sangue acumulado numa ferida para ser absolvida; estes dois processos são inteiramente diferentes”.

No final de 1937, um jovem e brilhante professor chamado Dr. Sylvio D’Ávila, chefiava a 12ª enfermaria da Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro. O artigo publicado pelo cirurgião norte-americano, não passou despercebido aos olhos atentos e curiosos do professor Sylvio Ávila. Entre os internos da Santa Casa de Misericórdia, fazia parte do seu quadro o Dr. Jésse Teixeira, um habilidoso cirurgião. Abordado pelo professor Dr. Sylvio D’Ávila, este, sugeriu-lhe a atenção para o assunto. Após a leitura atenciosa do artigo, o Dr. Jésse Teixeira começou as suas observações, seus estudos, seus trabalhos e suas pesquisas, que se prolongaram durante os anos de 1938 e 1939. Ao mesmo tempo, outros internos fizeram também suas observações, como os doutorandos Carlos Teixeira (serviço médico do Dr. Darcy Monteiro – 13ª enfermaria da Santa Casa), o doutorando Oscar de Figueiredo Barreto (serviço médico do Dr. G. Romano – Hospital de Gamboa), e o doutorando Monteiro de Figueiredo (serviço médico do Dr. Chapôt-Prevost – Hospital de Pronto Socorro), também a cargo do Dr. Darcy Monteiro. Observação do
escriba: tais informações constam na revista Brasil-Cirúrgico.

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=21769


(V) Publicada: 03/01/2009

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Praticamente alheio, talvez até avesso ao que estava acontecendo, e ao que estava por acontecer no “velho” continente europeu, o médico-cirurgião Dr. Jésse Teixeira, então residindo na pacata cidade do Rio de Janeiro, compenetrava-se em seus estudos sobre a autohemotransfusão. Seu local de trabalho era a Santa Casa de Misericórdia. De 1938 a 1940, o Brasil atravessava o chamado “Estado Novo”, sob o comando supremo do Sr. Getúlio Dornelles Vargas, que, para alguns historiadores, foi apenas mais um reles ditador, e para outros, um grande estadista. Até os dias atuais, a polêmica persiste.

Dr. Jésse Teixeira, fez suas experiências em 300 (trezentos) pacientes, dos quais 150 foram operados e submetidos à autohemotransfusão. A título de contraprova, um segundo grupo de 150 pacientes foi submetido aos mesmos tipos de cirurgias, porém, não foi aplicado a autohemotransfusão. No primeiro grupo, a taxa de infecção pulmonar foi de 0%, ou seja, nenhum, absolutamente nenhum caso de infecção foi registrado. No segundo grupo, a taxa de infecção chegou a 20%, ou seja, 30 pacientes desenvolveram infecção pulmonar.

Eis alguns trechos do trabalho do Dr. Jésse Teixeira: “Com o intuito de contribuir para o estudo das complicações pulmonares pós-operatórias, principalmente no que se refere à sua profilaxia, apresentamos aqui o relato de nossas conclusões, baseadas em 150 casos, dos quais cerca de 60% observados no hospital de pronto-socorro. A circunstância de ser o hospital de pronto-socorro estritamente um hospital de urgência, confere, ao método preventivo que empregamos, segura garantia de eficácia e utilidade”. Foi o éter principalmente responsabilizado (pelas complicações pulmonares), porque “irrita a árvore brônquica, exagera as secreções e diminui a ação bactericida das mesmas, além de provocar resfriamento”.

“Para a profilaxia das complicações pulmonares pós-operatórias, há, contudo, um recurso que, segundo as observações do seu autor (Dr. Michael Mettenletter) e as nossas próprias, ao que parecem únicas em nosso meio, é da mais alta valia, podendo ser vantajosamente empregado, quer na cirurgia de urgência, quer nos casos em que o doente pode ser preparado. Trata-se da autohemotransfusão de 20 cc (ml) logo após a operação; estando o doente na mesa de cirurgia, retiram-se 20 cc (ml) de sangue de uma veia da prega do cotovelo, que são imediatamente injetados na nádega. Baseamo-nos em 150 observações das quais, a maioria, pertencentes à cirurgia de urgência, através dos casos passados pelo Serviço “Daniel de Almeida” a cargo do Dr. Jorge Doria, no Hospital de Pronto Socorro”.

“O sangue extraído por punção venosa é um sangue asfíxico (1) que, por curto lapso, se põe em contado com um corpo estranho (seringa), o que é suficiente para provocar modificações na sua físico-química e, por isso, injetado no organismo, atua como se fora uma proteína estranha. De todos é conhecido o efeito estimulante das proteínas parentais sobre o sistema simpático (2) e o parassimpático (3), pelo que ocorrem reações vasomotoras e teciduais em todo o organismo. O sistema retículo endotelial de Aschoff-Landau (4) também é poderosamente estimulado pela autohemotransfusão”.

(1) – sangue asfíxico – sangue pobre em oxigênio e rico em gás carbônico. (fonte: dicionário de
clínica médica do Dr. Humberto de Oliveira Garboggini, página 156).

(2) – sistema simpático – parte do sistema nervoso autônomo (ou vegetativo, ou involuntário). Inibe as ações do sistema nervoso parassimpático. Exemplo: enquanto o sistema nervoso simpático provoca a constrição dos vasos sanguíneos e aumenta os batimentos cardíacos, o sistema nervoso parassimpático provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e diminui os batimentos cardíacos. No organismo humano, ocorre uma “luta” contínua entre os dois sistemas (o simpático versus o parassimpático).

(3) sistema parassimpático – parte do sistema nervoso autônomo (ou vegetativo, ou involuntário). Inibe as ações do sistema nervoso simpático. Por conseguinte, suas ações são exatamente inversas, a ação provocada pelo sistema nervoso simpático. Isto é, o que o sistema nervoso simpático faz o sistema nervoso parassimpático desfaz. Num organismo ideal, deve existir um equilíbrio entre os dois sistemas (o simpático e o parassimpático). (fontes: 1 – Dr. Jésse Teixeira; 2 - Dr. Olívio Martins; 3 – Dr. Luiz Moura; 4 - Dicionário de Especialidades Farmacêuticas - DEF 2003/04, página 1266, Editora de Publicações Científicas Ltda. – total de 1296 páginas. 5 – Medicina e Saúde, Enciclopédia Ilustrada, Editora Abril Cultural, edição de 1973, páginas 692 a 695. A enciclopédia é composta de três volumes com um total de 720 páginas).

Observação do escriba: o que deve chamar a atenção dos leitores, e o que deixou o escriba extremamente impressionado, é que, já nas décadas de 30 e 40, cientistas e médicos, já sabiam que a autohemotransfusão, poderia atuar sobre o sistema nervoso autônomo de uma maneira que beira a perfeição, evitando uma variedade de doenças que, ainda hoje são tão comuns, como é o caso, por exemplo, da hipertensão arterial. Como terapia complementar, a auto-hemoterapia, tem uma ação preventiva e curativa sobre os casos de hipertensão, quase perfeita. Então, a auto-hemoterapia foi “perfeitamente escondida” da maioria dos médicos, durante décadas. Não devemos esquecer, nem perder de vista, os bilionários interesses da indústria farmacêutica, em manter “muito bem escondida” a auto-hemoterapia, a ponto de, (e aqui poderíamos apenas supor), “forçar” o Conselho Federal de Medicina a emitir uma resolução, proibindo a prática da auto-hemoterapia, ou mesmo que seja realizada qualquer pesquisa científica sobre o assunto, em todo o território nacional. Para o CFM e para a indústria farmacêutica, a palavra auto-hemoterapia deve sumir do mapa, sumir da história para sempre. Por quê? Multidólares!
(4) – O sistema retículo endotelial de Aschoff-Landau – tal sistema será descrito com mais detalhes em artigos posteriores. Também deixou muito impressionado o escriba e deve chamar muito a atenção dos leitores, para o fato de que, já em 1940, o Dr. Jésse Teixeira ter afirmado que, o Sistema Retículo Endotelial é “poderosamente estimulado pela autohemotransfusão”, ou seja, pela auto-hemoterapia. Depois de 64 (sessenta e quatro) anos, o médico carioca Dr. Luiz Moura, através de um DVD divulgado em 2004, repete as palavras do Dr. Jésse Teixeira e aponta os benefícios da auto-hemoterapia, no sentido de estimular o Sistema Retículo Endotelial, isto é, o nosso sistema imunológico, permitindo a prevenção e a cura de uma enormidade de doenças, algumas delas tidas até como incuráveis. Exemplos? Depois!

Depois de transcrevermos o que está escrito no livro do Dr. Olívio Martins, que tem o sugestivo título: “O Poder Curativo do Sangue – Menos Remédio e Mais Ciência” – 9ª edição, 1969, Gráfica Editora Laemmbert S/A – Rua Carlos de Carvalho, 48 - Rio de Janeiro – GB – total de 50 páginas.
Vamos falar um pouco mais, sobre o que escreveu o Dr. Jésse Teixeira, em seu trabalho publicado em 1940: “um emplastro (5) de cantáridas (6), colocado sobre a pele da coxa, determina a formação de pequena vesícula. Pois bem, se aspiramos o conteúdo dessa vesícula num tubo em U, e o centrifugarmos, depois de seco e corado, a contagem diferencial nos revelará uma incidência de monócitos (7) por volta de 5% (os monócitos são os representantes no sangue circulante do S.R.E.). Após a autohemotransfusão, a cifra de monócitos, no conteúdo da vesícula, se eleva em oito horas para 22% e, após 72 horas, ainda há 20%, caindo a curva gradualmente para voltar ao normal, no fim de sete dias”. “Finalmente, estamos inclinados a aceitar a eficácia da autohemotransfusão nas complicações da tuberculose (8), visto com ela parece remediar a fase de inferioridade ou alergia, que a intervenção cirúrgica desperta nos tuberculosos”. “O sangue tem sobre os outros agentes protéico-terápicos, além das vantagens de comodidade e economia, a de que a sua absorção se faz mais prontamente”. Para terminar, em vista dos nossos excelentes resultados, que confirmam amplamente as verificações do Dr. Michael Mettenletter, podemos fazer nossas as suas palavras: “as complicações pulmonares podem surgir, com qualquer espécie ou método de anestesia, mas a ausência de acometimentos pulmonares, em nossa série, prova que a autohemotransfusão e não o tipo de anestesia, responde pelos bons resultados”.

(5) – emplastro – na prova do emplastro, é colocada uma substância suspeita como alérgeno na pele. Dicionário de Clínica Médica, do Dr. Humberto de Oliveira Garboggini, edição de 1970, página 578.

(6) –cantáridas – insetos que transformado em pó é usado na medicina, e é irritante na pele (fonte: Jornal da Imprensa, Goiânia, Goiás, edição 654).

(7) – monócitos – elemento celular de maior tamanho no sangue; elemento de proteção do organismo (macrófago). O aumento significa exaltação, estado irritativo do sistema retículo-endotelial e medula óssea na reação defensiva (macrófagos do sangue). Dicionário acima citado, página 1212.

(8) – Tuberculose – infecção ou reação histológica, formação de tubérculos, pela presença do bacilo de Koch. Dicionário acima citado, página 1754. Observação do escriba: naquela época os tuberculosos eram internados em sanatórios (os pobres e remediados). Os ricos, graças a Deus, dispunham de clínicas de repouso (incluindo a distante Suíça). O tratamento era à base de repouso e dieta. A estreptomicina (um novo antibiótico), específico para tuberculose, só seria descoberta depois da penicilina.

Boas festas e muita prosperidade em 2009!

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=22648


(VI) Publicada: 10/01/2009

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Faz-se necessário recordar que o médico-cirurgião norte-americano Dr. Michael W. Mettenletter, empregou a auto-hemotransfusão em 300 casos de sua clínica particular, na cidade de Nova York, no período de 1933 a 1935, obtendo excelentes resultados. No entanto, Dr. Mettenletter não teve a curiosidade de procurar saber quais as alterações eram produzidas no Sistema Retículo-Endotelial, ou seja, se a auto-hemotransfusão produzia alterações nas células brancas do sangue, mais conhecidas como leucócitos, as células responsáveis pela defesa do organismo humano. Já o médico-cirurgião brasileiro Dr. Jésse Teixeira, além de ter realizado a auto-hemotransfusão em 150 pacientes, teve a iniciativa de fazer a contagem diferencial dos leucócitos, tendo constatado o aumento dos monócitos (macrófagos) de 5% para 22%, em certo número de pacientes. O Dr. Jésse Teixeira, além disso, constatou também o que acontecia na musculatura dos coelhos (as cobaias escolhidas). Observou o que ocorria no lugar em que era aplicado o sangue. Após 5 dias, o sangue injetado na musculatura dos coelhos desaparecia e voltava à normalidade, observou ele. Tais experiências foram realizadas durante os anos de 1938 e 1939.

Finalmente, em março de 1940, Dr. Jésse Teixeira publicou os resultados de seu longo trabalho, na Revista Brasil Cirúrgico, tendo com isto, recebido um prêmio da Academia de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Tendo em vista o valor de suas experiências e de seu trabalho, a publicação do Dr. Jésse Teixeira foi traduzida para o francês e o inglês.

Entre as pessoas que leram e se interessaram pela aludida publicação, encontrava-se o médico
- também cirurgião – Dr. Pedro Moura, que era professor da então famosa Faculdade Nacional de Medicina, que ficava localizada na Praia Vermelha (Rio de Janeiro). O professor Dr. Pedro Moura, além de ser chefe de enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, também realizava suas cirurgias na Casa de Saúde São José.

Então, a partir de 1943, ele começou a ensinar a prática da auto-hemoterapia ao seu filho, o “calouro” de medicina Luiz Moura. Na época, o jovem estudante contava com apenas 18 anos de idade. Além da prática da auto-hemoterapia, Dr. Pedro Moura começou a ensinar ao seu filho as primeiras técnicas cirúrgicas. Assim sendo é que Dr. Luiz Moura se tornaria também um cirurgião geral. Conforme consta em seu DVD “Auto-Hemoterapia: Contribuição para a Saúde”, o Dr. Luiz Moura afirma não ter havido nenhum problema com a prática da auto-hemoterapia, além do que, ele constatou ainda, ter havido uma das menores taxas de infecção hospitalar. Observação do escriba: conforme pode ser comprovado nos artigos anteriores, o uso de sulfas e de antibióticos, naquela época, era inexistente ou incipiente no Brasil. Ainda assim, apenas com o uso da auto-hemoterapia, o Dr. Pedro Moura obteve na Casa de Saúde São José uma das menores taxas de infecção hospitalar pós-operatória, o que não deixa de ser curiosamente intrigante e bastante instigante.

Em 1949, Dr. Luiz Moura diplomou-se em medicina pela então Faculdade Nacional de Medicina, na Praia Vermelha. A sua inscrição no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro tem o número 524.169-0. Dedicou-se ele à cirurgia geral, tendo começado seus trabalhos na 12ª enfermaria da Santa Casa de Misericórdia. Em 1950 tornou-se cirurgião do IAPTEC - Instituto de Aposentadoria e Pensão de Transporte e Carga. Atuou ativamente como cirurgião até o ano de 1968 - durante 18 anos -, quando então ingressou no Sistema de Previdência Social, que havia sido unificado em 1967. (1). Em 1970, foi convidado pelo governo Médici para ser presidente do antigo INPS (hoje INSS), cargo que na época tinha importância equivalente ao Ministério da Saúde. Foi um dos responsáveis pela criação da CEME – Central de Medicamentos. (2).

(1) – fonte: Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, processo ético profissional nº 1.339/01.

(2) – fonte: Guia Mauá – Visconde de Mauá – RJ – a matéria é de autoria de Arthur W. Porsani, datada de 19 de março de 2002.
Observações do escriba:

1ª - A vida do Dr. Luiz Moura merece um livro. Vida feita de muito estudo, muito trabalho e muitas perseguições. Quando, por exemplo, era presidente do antigo INPS – Instituto Nacional de Previdência Social – e, foi um dos responsáveis pela criação da CEME – Central de Medicamentos, ao lado de sua esposa, a farmacêutica Dra. Vera Moura, foi, por duas vezes, perseguido por desconhecidos, que atentaram contra a vida do casal. Dr. Luiz Moura faz questão de frisar que só escaparam com vida devido à agilidade de seu carro – um Renault Gordini – fugindo de pesados e antigos Chevrolets negros, como em cenas de cinema. E isto ocorreu durante o governo do Presidente General Emílio Garrastazu Médici. A suspeita pelos atentados recai sobre os grandes laboratórios farmacêuticos, conforme escreveu o jornalista Arthur W. Porsani, no Guia Mauá. Tanto que, não concordando com as diversas irregularidades, Dr. Luiz Moura ficou apenas sete meses à frente do INPS.

2ª - A CEME, Central de Medicamentos, de fato existiu, pois o escriba lembra-se que, quando atuou como estudante de medicina, no Projeto Rondon, em fevereiro de 1975, ao lado do então também estudante José Roberval Nunes, hoje médico na cidade de Brejo Grande, se prescrevia, na sua maioria, os medicamentos da CEME.

3ª - Em 1976, tratou com sucesso de uma paciente portadora de esclerodermia avançada, no hospital Cardoso Fontes. Em 1977, ao lado das médicas Dra. Ryssia Álvares Florião (dermatologista) e Dra. Glória de Morais Patello (patologista), devidamente documentado, concorreram a um prêmio patrocinado pelo laboratório Roche, no hospital da Aeronáutica, com o tema originalidade. O “caridoso” laboratório Roche arquivou, e muito bem arquivado, o trabalho dos três médicos. Também pudera! Dr. Luiz Moura foi cutucar o cão com a vara curta! Logo o laboratório Roche? Logo a toca do leão?

4ª - No ano de 2001, uma médica “ignorante”, denuncia o Dr. Luiz Moura pela prática “indecorosa” da auto-hemoterapia. Foi aberto o processo ético profissional de nº 1.339/01. No dia 23 de janeiro de 2002, Dr. Luiz Moura compareceu ao CREMERJ, perante o conselheiro-instrutor e médico Dr. Guilherme Eurico Bastos da Cunha, para prestar esclarecimentos. No dia 11 de janeiro de 2006, na 179ª sessão plenária do CREMERJ, Dr. Luiz Moura compareceu perante 35 médicos. Acusado de ter infringido os artigos 4º, 5º, 29º, 42º e 124º do Código de Ética Médica, o Dr. Luiz Moura é absolvido por unanimidade. Os conselheiros votantes foram 21. A sessão foi presidida pelo médico Dr. Paulo Cesar Geraldes. No dia 11 de janeiro de 2006 é publicado o acórdão, tendo como relatora a médica Dra. Kássie Regina Neves Gargnin e como revisor o médico Dr. Arnaldo Pineschi de Azeredo Coutinho. No acórdão, é confirmada a absolvição por unanimidade do Dr. Luiz Moura.

5ª - Em 2004, Dr. Luiz Moura e sua esposa Dra. Vera Moura gravam o DVD “Auto-Hemoterapia: Contribuição para a Saúde”, que começa a circular pelo Brasil. A aceitação crescente da auto-hemoterapia por parte da população começa a preocupar “as autoridades sanitárias”, isto é, começa a preocupar o “bolso” das “beneficentes” multinacionais da indústria farmacêutica. Os “donos” das multinacionais, “donos” dos multidólares e “donos” da verdade dogmática, “contratam” os devotados serviços de uma rede de televisão para propagandear uma farsa.

6ª - Em abril de 2007, num dos programas dominicais, é denunciada a prática da auto-hemoterapia, praticamente como sendo criminosa e pecaminosa. Distorcem, através de uma bem elaborada “montagem”, as palavras do médico carioca Dr. Luiz Moura. Aparecem os arautos da verdade e da moralidade. O presidente do CFM, a presidente do COFEN e o “dono” da Anvisa, todos, representando a saúde pública de 180 milhões de brasileiros, sem nenhuma base científica, quase que afirmam que a auto-hemoterapia não é coisa de médico, é coisa do demônio. Pode ser! Mas, será? Os três “cientistas” tiveram os seus minutos de “glória” e de “sucesso”. Um deles chegou a chamar a auto-hemoterapia de hemopicaretagem. O dito cujo aparenta ser um hemoignorante. Fica a dúvida! Estariam eles recebendo hemodólares? Será? As multinacionais agradecem penhoradamente! Amém!

7ª – Em dezembro de 2007, em sessão fechada à imprensa e ao público, o CREMERJ, defendendo os interesses do povo brasileiro, cassa o registro do médico Dr. Luiz Moura, após 57 anos de atividade médica e com 83 anos de idade. Dizem, entretanto, que não foi por unanimidade. A imprensa do Rio de Janeiro é quem deve investigar e esclarecer toda a verdade!

8ª – Estamos em débito com os leitores em concluir a biografia de Dr. Fleming, concluir a história
dos antibióticos, comentar e transcrever as partes principais do livro do médico Dr. Olívio Martins (que nos levará a dois artigos publicados na revista Seleções do Reader’s Digest, da década de 40), analisar o DVD sobre a auto-hemoterapia, concluir a biografia do Dr. Luiz Moura, analisar o surgimento do Ministério da Saúde, do Conselho Federal de Medicina, dos Conselhos Regionais e de outras entidades médicas, etc., etc., etc. Bom dia e até outro dia.

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=23253


(VII) Publicada: 24/01/2009

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Recentemente, selecionando e recortando artigos de jornais, encontrei um que cai quase como uma luva, sobre o assunto que estamos escrevendo. A reportagem foi publicada no JORNAL DA CIDADE (SE), no dia 5 de outubro de 2008, na página 6 do caderno Saúde & Comportamento. O entrevistador foi o jornalista Antônio Marinho, da equipe de O Globo. O entrevistado é o cientista japonês e médico imunologista, Dr.Toru Abo, professor da Universidade de Nigata (Japão), autor de 30 livros, como “Revolução imunológica” e 200 artigos. Dr. Toru Abo em outubro próximo passado, participou do I Congresso Internacional Brasil-Japão de Acupuntura e Eletroacupuntura Científica, no Rio de Janeiro. Então simpáticas leitoras e simpáticos leitores! Vamos adiante?

Os principais trechos da entrevista: “A mais nova teoria para explicar o mau funcionamento do corpo diz que a maioria das doenças ocorre por desajuste do sistema nervoso autônomo, formado pelo simpático e parassimpático, que têm ações antagônicas. Por exemplo, se o simpático acelera o coração, o outro corrige. Para Dr. Toru Abo, o estresse é o principal responsável pela desordem no corpo. Ele afirma que práticas da medicina oriental podem ajudar a recuperar a harmonia”.

Observação do escriba: no artigo V - publicado neste jornal, no dia 3 de janeiro de 2009, página B-6 - com o título acima, já tínhamos escrito que cientistas e médicos, nas décadas de 30 e 40, já sabiam da ação positiva da autohemotransfusão (ou auto-hemoterapia), sobre o sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático), e, entre eles, citamos os médicos Dr. Jésse Teixeira e Dr. Olívio Martins. No livro do médico Dr. Olívio Martins, “O Poder Curativo do Sangue, Menos Remédio e Mais Ciência”, os nomes de outros médicos virão à baila, tanto brasileiros como estrangeiros. Também dissemos que o médico Dr. Jésse Teixeira (em seu trabalho publicado em 1940), afirma que a autohemotransfusão (ou auto-hemoterapia), atua sobre o Sistema Retículo Endotelial de Aschoff-Landau, pois o mesmo “é poderosamente estimulado pela autohemotransfusão”. Alertamos aos leitores que o Dr. Toru Abo, em nenhum momento fala sobre autohemotransfusão ou auto-hemoterapia. No entanto, continuemos as declarações do Dr. Toru Abo.

Antônio Marinho: Como o estresse afeta o sistema imunológico?

Dr. Toru Abo: Quase todas as células estão sob comando do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). E há duas formas de reações ao estresse, dependendo do perfil de cada pessoa: granulócito (1) ou linfócito (2) - (nomes de leucócitos, células do sistema imunológico). No primeiro predominam granulócitos. Eles nos defendem contra partículas grandes, como bactérias. O indivíduo com esta característica é ativo, dinâmico e agressivo.

Antônio Marinho: E o tipo linfócito?

Dr. Toru Abo: Há predominância de linfócitos (atacam microorganismos pequenos, como vírus). É o indivíduo mais calmo, passivo e contemplativo. O estresse aumenta a quantidade de granulócitos, e isto é benéfico até certo ponto, se durar pouco tempo. Caso contrário, ocorrerá destruição de tecidos, pois granulócitos liberam radicais livres em excesso, podendo dar origem a várias doenças, como úlceras, hipertensão e câncer. No tipo linfócito o estresse crônico superestimula o sistema parassimpático e leva à depressão. Poderia causar alergias, reumatismo, asma, entre outros problemas.

Antônio Marinho: Por que a medicina não cura a maioria das doenças crônicas?
Dr. Toru Abo: Ela não ataca a raiz da questão e se limita a aplicar as terapias sintomáticas. Por exemplo, receitando analgésico no controle da dor, anti-hipertensivos e corticóides para muitas doenças, apesar de seus efeitos ruins. Claro que a indústria farmacêutica quer vender seus produtos, mas a verdadeira razão das doenças crônicas não serem curadas é a falta de uma visão mais integrada.
Antônio Marinho: O número de casos de alergias, doenças cardiovasculares e câncer, crescem em todo o mundo. Como prevenir?

Dr. Toru Abo: A alergia é causada por predominância do sistema parassimpático, enquanto que doenças cardiovasculares e câncer são decorrentes da predominância do sistema simpático. Para prevenir ou retardar esses males, se houver desequilíbrio (entre o simpático e o parassimpático), tente corrigi-lo.
Antônio Marinho: A acupuntura deve ser associada à medicina moderna?

Dr. Toru Abo: A combinação de acupuntura com técnicas da medicina moderna dependerá do tipo de tratamento. As técnicas da medicina moderna que enfraquecem a capacidade imunológica podem neutralizar os efeitos da acupuntura.
Antônio Marinho: O futuro da medicina passa pela pesquisa com células-tronco?

Dr. Toru Abo: Não concordo. Pensar que o ser humano é uma máquina, cujos componentes podem ser trocados quando não funcionam direito é uma idéia excessivamente reducionista.

Observações do escriba:

1º – Cientistas e médicos japoneses sabem que a acupuntura pode atuar sobre o sistema nervoso autônomo. Em decorrência disso, eles devem saber como evitar ou curar uma série de doenças, sem o uso de “drogas ocidentais”.

2º – O médico Dr. Toru Abo, pelo fato de ser imunologista, deve saber muito bem da importância das células brancas (leucócitos), entre os quais os granulócios (1) e os linfócitos (2), na importantíssima defesa de nosso organismo. Pelo fato dele ser imunologista, escritor de livro sobre imunologia, Dr. Toru Abo deve ter amplo conhecimento sobre a função do Sistema Retículo Endotelial, da glândula timo, dos gânglios linfáticos, do baço, da medula óssea e naturalmente sobre os protetores macrófagos. É quase certo que ele deve ter conhecimento da prática da auto-hemoterapia. Também é quase certo que ele deve ter tido conhecimento do DVD do Dr. Luiz Moura, mesmo porque, no referido DVD é abordado o retorno do uso de ventosas no Japão, inclusive com o auxílio de aspiração no tratamento de pneumonia. Por que então ele não comentou nada? As multinacionais, como o próprio nome já diz, atuam em todas as nações, inclusive no Japão! É preciso dizer mais?

3º – Dr. Toru Abo afirmou em sua entrevista ao jornalista Antônio Marinho, que os cientistas japoneses acreditam que a acupuntura e a eletroacupuntura regulam o equilíbrio entre os dois segmentos do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático).

4º – Por outro lado, os médicos Dr. Jésse Teixeira, Dr. Olívio Martins e Dr. Luiz Moura afirmam que a auto-hemoterapia também regula o sistema nervoso autônomo, trazendo benefícios para a nossa saúde. Sendo assim, entre as terapias que podem atuar no sistema nervoso autônomo, dispomos: da acupuntura, da eletroacupuntura, da auto-hemoterapia, da homeopatia e da alopatia (drogas, remédios, fármacos, multinacionais, etc.). É possível que tenhamos deixado de mencionar outros recursos terapêuticos. Todavia, por enquanto, focalizemos nosso microscópio óptico nessas terapias, conquanto, exceto a auto-hemoterapia e a eletroacupuntura, as demais já são do conhecimento público. Pensado no seu bolso, no meu bolso, no nosso bolso, qual a terapia mais barata, a de menor custo? E, pensando na sua saúde, na minha saúde, na nossa saúde, qual a terapia mais eficaz e menos nociva? Pois é, simpáticos leitores e muito simpáticas leitoras. É só pensar e escolher, conscientemente, livremente e por que não dizer, o tão em voga, democraticamente...

5º – (1) – granulócitos – são leucócitos que fazem parte do grupo dos neutrófilos, dos basófilos e dos eosinófilos. Tais células apresentam grânulos no citoplasma. (fonte: livro Biologia Hoje, dos pofessores Sérgio Linhares e Fernando Gewandsznajder, edição 14ª, ano de 2004, 400 páginas, Editora Ática, página 312). (1) – granulócito: ou polinuclear, glóbulo branco, com granulações: neutrófilo, basófilo, eosinófilo. Originário da medula óssea. (fonte: Dicionário de Clínica Médica, do Dr. Humberto de Oliveira Garboggini, edição de 1970, página 814). Continuaremos em outro dia! Muito bom dia!

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=24465


(VIII) Publicada: 31/01/2009

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

6º – (2) – linfócitos – são leucócitos, que fazem parte do grupo dos agranulócitos. Tais células não apresentam grânulos no citoplasma. Existem dois tipos de agranulócitos – os linfócitos e os monócitos. (fonte: página 312 do livro citado na parte VII deste artigo). (2) – linfócito: ou linfoleucócito, glóbulo branco, elemento celular do sangue formado nas glândulas linfáticas e no baço (células linfóides). Elemento do Sistema Retículo Endotelial (imunitário ou defensivo).

Orientação e educação pelo timo. (fonte: página 1089 do dicionário mencionado). A menção do livro “Biologia Hoje” como fonte de pesquisa, não foi casual. Nesse livro, encontramos uma pergunta (de vestibular – questões discursivas), sobre autohemotransfusão ou auto-hemoterapia, que certamente irá produzir mais polêmica entre os pesquisadores, biólogos, médicos e outros profissionais de saúde. Pode acontecer de a Editora Ática voltar atrás e decidir dar o dito pelo não dito. Alerte-se para o fato de que a publicação do livro é recente (2004). Sendo assim, a resolução do CFM poderá perder seu valor. O que podemos adiantar, é que a pergunta contida no livro, fortalece ainda mais as palavras do Dr. Luiz Moura, sobre os “incríveis” benefícios da auto-hemoterapia, em que pese estar proibida.

7º – O cientista japonês, professor e médico imunologista Dr. Toru Abo, não concorda que o futuro da medicina esteja nas mãos das pesquisas com células-tronco (o jornalista e o médico devem estar se referindo a células-tronco embrionárias humanas). Por quê? No entanto, a grande mídia festejou a permissão das pesquisas com células-tronco embrionárias, após a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal, com relatório favorável do eminente jurista sergipano Dr. Carlos Ayres Britto. O Conselho Federal de Medicina também aprovou e comemorou as pesquisas com células-tronco embrionárias, conforme consta na capa e nas páginas 2 e 3 do jornal do CFM de maio e junho de 2008 – nº 171. Por quê?

8º - Os pacientes leitores devem estar se perguntando se, para o escriba, a minha vida é só falar de auto-hemoterapia, Dr. Fleming, e dos antibióticos. Gostaria que fosse, mas, felizmente não é. Fazemos questão de lembrar a todos, que durante o século passado (século XX), três grandes projetos mudaram o destino dos povos e das nações. Foram eles: o Projeto Manhattan, o Projeto Apolo e o Projeto Genoma, este último nos interessando mais de perto. O Projeto Manhattan levou a fabricação das duas bombas atômicas, por parte dos EUA, que foram despejadas em duas cidades japonesas em 1945. O médico Dr. Toru Abo deve saber disso. O principal subproduto “pacífico” é a energia nuclear. O Projeto Apolo permitiu que astronautas norte-americanos pisassem na lua. De lá eles trouxeram oxigênio, água, alimentos, mais petróleo, mais dinheiro, mais saúde e muita paz (para todos). Como principais subprodutos, forneceram satélites de comunicação e de espionagem, além dos satélites que guiaram as “pacíficas” bombas cirúrgicas e genocidas utilizadas no Iraque (por enquanto). O terceiro, o Projeto Genoma, ninguém sabe com exatidão os “benefícios” que nos proporciona ou proporcionará.

9º - Como perguntar não ofende a ninguém, lá vai! Os ministros do STF são brilhantes juristas, senão não teriam alcançado os importantíssimos cargos naquela Corte Suprema. Entretanto, do ponto de vista estritamente médico-científico, será que eles têm o necessário conhecimento, a ponto de levá-los a tomar uma decisão dessa magnitude, tão vital para todos os brasileiros? Tudo bem! Ótimo!

10º – As pesquisas com células-tronco embrionárias humanas fazem parte do Projeto Genoma. O jornal do CFM é uma publicação oficial da classe médica. Por conseguinte, torna-se importante transcrever alguns trechos, visto que, o Conselho Federal de Medicina é a “Corte Suprema dos Médicos” e, em decorrência de suas resoluções, incide sobre o nosso comportamento (dos médicos) e, “por tabela”, indiretamente, sobre a saúde da população.

11º – Capa do jornal do CFM – Decisão do STF coloca o Brasil na vanguarda das pesquisas.

12º – Página 2 – Justiça – Com decisão sobre células-tronco, STF coloca o Brasil na vanguarda das pesquisas (“a manchete”). O plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu que as pesquisas com células-tronco embrionárias não ferem a Constituição. Na sessão do dia 29 de maio de 2008, em julgamento que marcou a história do progresso da ciência no Brasil, os ministros do STF julgaram improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

13º – Páginas 2 e 3 – O artigo permite, “para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro”. O STF julgou o artigo constitucional... Por maioria apertada de votos (6x5), os ministros julgaram improcedente a ação. Seis ministros votaram pela constitucionalidade do tema: Carlos Ayres Britto, relator da matéria, Ellen Grace, Carmen Lúcia Antunes Rocha, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio e Celso de Melo. Já os ministros Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Carlos Alberto Menezes Direito, Ricardo Lewandowski e Eros Grau também declararam a constitucionalidade da lei, mas com algumas ressalvas às pesquisas... Com a decisão, o Brasil é o primeiro país da América Latina a permitir as pesquisas com células-tronco e, no mundo o 26º.

13ª – Página 3 – Após o julgamento, manifestações contra e a favor da decisão... Pesquisadores e deficientes físicos comemoraram o resultado da decisão. A presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, Marlene Braz, declarou que o julgamento “concretiza a laicicidade do Estado, apesar de alguns ministros do Supremo serem altamente influenciados pela religião. Vivemos em um Estado democrático, com respeito à liberdade de escolha”... A decisão foi comemorada pelo
Conselho Federal de Medicina. De acordo com o 1º vice-presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, essa era a expectativa dos médicos brasileiros... “O CFM sempre esperou essa posição de vanguarda do Supremo. Aplaudimos a decisão do STF”, afirmou... O 2º secretário e editor da revista “Bioética”, Clóvis Francisco Constantino, cumprimentou o STF pela decisão, afirmando que “o início das pesquisas pode beneficiar a humanidade”... Essa apreciação ficará a cargo da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Conselho Nacional de Saúde...

Nem a matéria, nem as quatro fotografias, curiosa e intrigantemente, não têm autor nem têm fotógrafo responsável???

14º – Quanto custou o Projeto da bombinha atômica que “caiu” no Japão? Quando custou o Projeto do passeiozinho à lua? Quanto já custou, quanto está custando e quanto custará o Projeto embrionariozinho? Quem é que os leitores pensam que está por trás disso tudo? Os pobres e remediados? Os deficientes?... Eles colocaram na página 2 uma enorme foto na qual aparecem dois deficientes. Um deles com os punhos levantados como que a comemorar a vitória. Mas, vitória de quem mesmo? De quem?

15º - Se o CFM realmente fosse preocupado com deficientes fiscos, o rico conselho, a partir da década de 60, teria apoiado a luta contra a poliomielite. Mesmo com a “criação” dos Dias Nacionais de Vacinação em todo o Brasil a partir de 1980, contando com a presença do cientista e médico Dr. Albert Bruce Sabin (já falecido e que foi casado com uma brasileira), não há notícias da participação do CFM na luta contra a paralisia infantil! Agora o CFM aplaude embriões? Na luta a favor da erradicação da varíola, não existem registros da participação do CFM. Esses elogios pela aprovação de pesquisas, e supostas terapias, com células-tronco embrionárias humanas, não parecem estranhos aos olhos dos leitores? Tal descaso me faz recordar o Dr. Luiz Moura, a criação da CEME na década de 70, e a sua posterior destruição. Quem destruiu a Central de Medicamentos? Em tal episódio, “por enquanto” não há notícias da presença do CFM.

16º – Dois pesos e duas medidas – Assim sendo, solicitamos encarecidamente aos senhores ministros do STF, que num futuro próximo, estudem, pesquisem, questionem e aprovem a prática da auto-hemoterapia no Brasil. Pesquisa com células-tronco embrionárias humanas pode! Pesquisas com a Auto-Hemoterapia não pode! Os leitores podem estar se perguntando: e o que é mesmo o Projeto Genoma? Nem o escriba sabe direito... Sobre auto-hemoterapia, Dr. Fleming e antibióticos continuo me endireitando... Rede BBB rima com bobo! CFM rima com PFL! Multinacionais rimam com satanás! Auto-Hemoterapia rima com sabedoria! Bom dia e até outro belo dia!

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=24959


(IX) Publicada: 14/02/2009

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Naquele distante dia de 7 de agosto de 1942, vinha ao mundo, ao planeta terra, uma criança, a quem os pais dariam o nome de Caetano. E, no longínquo dia 18 de junho de 1946, era a vez de dar o ar de sua graça, outra criança, que seria chamada de Maria Bethânia, nome este que fora uma escolha, um pedido, uma sugestão, feita aos pais, por parte do pequeno Caetano, que na época contava com apenas 4 anos de idade. O nome “escolhido” foi por causa de uma música do cantor Nelson Gonçalves.

Aproximadamente três décadas depois, essas duas crianças se tornariam muito famosas em todo o Brasil, inclusive no exterior. As “armas” que eles utilizariam para ganhar tal notoriedade foi o talento musical, o inexplicável talento que os músicos possuem, e que a ciência, por mais que procure explicar não consegue. O mundo misterioso e harmonioso da música popular brasileira.

Da mesma forma que a religião, música também não se discute muito. Religião e música, nós livremente escolhemos. Só nós podemos escolher aquela que nos agrada mais. No entanto, gosto musical... Recomendamos aos leitores, a darem uma lida – com a devida permissão deste jornal – no artigo escrito pela jornalista Cássia Santana, no Jornal do Dia, datado de 27 de janeiro de 2009, página 03, do qual “roubamos” uma parte:... a cada ano arrasta multidões, num prospecto que nos remete ao passado, com a vivência do presente e semeando o futuro... O título do artigo é “Debutantes no Pré-Caju”. Já a ciência... Bendita ciência...

Para a história da música popular brasileira, para a história do Brasil, e para a história da humanidade, o nascimento daquelas duas crianças é tão importante que, para se ter um pequeno exemplo, 66 anos depois eles aparecem na revista das celebridades chamada Contigo! (editora Abril, edição nº 1.736, páginas 84 e 85 e edição 1.739, páginas 92 e 93). “A cantora saiu de Santo Amaro da Purificação aos 17 anos para substituir Nara Leão, que a indicou para a tarefa em um show no Teatro Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, e mantém-se até hoje como uma das principais vozes do Brasil e do mundo”. “O nome dela é Maria Bethânia Vianna Telles Veloso, mais conhecida como Maria Bethânia (hoje com 62 anos de idade). O nome foi escolhido pelo irmão, inspirado numa canção interpretada por Nelson Gonçalves”. O nome do irmão é Caetano Emanuel Viana Telles Veloso, mais conhecido como Caetano Veloso (hoje com 66 anos de idade).

A revista Contigo, de 25 de dezembro de 2008, curiosamente, trás na página 71 a fotografia do Sr. João Doria conversando com Dom Fernando Figueiredo e com o padre Marcelo Rossi (este também cantor). Eis a música e a religião de mãos dadas! Já nas páginas 84 e 85, encontramos: Mulheres relevantes – Para comemorar seu aniversário, Contigo faz uma homenagem às mulheres que iluminaram a vida do país. (a revista Contigo fez 45 anos de existência). Aparece então uma série de fotos, com diferentes idades, da compositora e cantora Maria Bethânia. Diz a revista: Maria Bethânia tinha 17 anos quando saiu da Bahia acompanhada pelo irmão que a “batizou” (Caetano Veloso). Sim, era essa a condição que os pais, seu Zeca e dona Canô (hoje com 101 anos de idade), impuseram para que a garota fosse para o “Sul maravilha”. Continua a revista: “no livro Verdade Tropical, Caetano Veloso conta que foi ela (Maria Bethânia) que o alertou a prestar mais atenção em Roberto Carlos (o cantor) e na jovem guarda”. E coube a ele (Caetano Veloso) a escolha do nome Maria Bethânia, retirado da composição do pernambucano Capiba, entoada por Nelson Gonçalves: “Maria Bethânia / tu és para mim a senhora do engenho, / em sonhos te vejo, Maria Bethânia, / és tudo que eu tenho”. Betânia é também o lugar onde Jesus costumava pregar, próximo a Jerusalém. São oito irmãos ao todo, dois adotados.

A adolescente Bethânia começou a freqüentar com ele (Caetano Veloso) rodas intelectuais, artísticas e musicais. Sua estréia foi na peça Boca de Ouro de Nelson Rodrigues. Ela cantava no escuro e sem acompanhamento a música Na Cadência do Samba (de Ataulfo Alves), antes de os atores entrarem em cena. “O culto à voz de Bethânia cresceu entre os artistas e boêmios de Salvador”, revela Caetano Veloso em Verdade Tropical. Ligação com o divino esta geminiana tem de sobra. Foi criada no catolicismo, por obra e graça de sua mãe; mas foi apresentada ao candomblé por Vinicius de Morais (o poeta). Maria Bethânia não frequenta eventos, restaurantes.

Prefere o aconchego do lar. Não faltam especulações sobre sua vida amorosa. É, sim, movida a paixão, que derrama sobre todos nós com sua arte. E isso basta. (conclui a reportagem da jornalista Rosângela Espinossi). A reportagem completa encontra-se na revista Contigo, edição nº 1.736, nas páginas 84 e 85.

Já na Contigo, edição nº 1.739, às páginas 92 e 93 encontramos: Dona Canô – Salve a rainha de Santo Amaro! – Em festa que acontece há mais de 50 anos, a matriarca é coroada e reúne os filhos Caetano e Bethânia. A reportagem é da jornalista Danile Rebouças e as fotos de Lunaé Parracho. Na matéria podemos observar quatro fotos. Numa delas Dona Canô aparece entre os dois filhos famosos: Caetano Veloso e Maria Bethânia. Em outra, Dona Canô e o neto Tom (11 anos de idade) filho mais novo de Caetano Veloso. Um trecho da reportagem: Rodrigo Velloso (73 anos de idade), responsável pela organização da festa, explicou que a idéia do evento começou com uma homenagem ao casamento dos pais, que na época comemoravam bodas de prata.

“Eles subiram ao altar na manhã seguinte ao Dia de Reis. Acabou virando tradição”. Após o desfile, a família Velloso curtiu o show da cantora Sandra Simões.

Os leitores devem estar se perguntando: e o que eu tenho a ver com a revista Contigo! Meu amigo, não é contigo, é comigo! Mas, pode ser comigo, contigo, consigo, conosco e até “convosco”. Depende da posição do microscópio óptico. Os leitores mais exigentes podem perguntar: e o que isto tem a ver com a proibida auto-hemoterapia? Ótimo! Pois muito bem! Fiz então uma longa viagem... Como sempre fui “forte” das finanças, “forte” de dinheiro e muito “forte” de dólares – principalmente de multidólares - viajei, peguei uma carona na internet... Quem não tem cão caça com gato, “dizem”.

Acontece que, a não ser que surjam provas em contrário, o médico Dr. Olívio Martins é filho de Santo Amaro da Purificação, que hoje recebe o nome de Santo Amaro, município que faz fronteira – entre outros – com Feira de Santana, a terra natal do conhecidíssimo radialista Douglas Magalhães. Então, ficamos sabendo que ele (Dr. Olívio), nasceu na mesma terra dos talentosos e famosos cantores, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Dr. Olívio Martins é autor de vários trabalhos, entre eles o livro “O Poder Curativo do Sangue – Menos Remédio e Mais Ciência”, cuja 1ª edição remonta à década de 1940.

Em outubro de 2007, o médico sergipano Dr. Cleomenes da Silva Araújo, na época trabalhava no hospital de Santa Luzia, no município de Barra dos Coqueiros (SE). Despertado pelo tema da auto-hemoterapia e movido pela sua habitual curiosidade, localizou o livro do médico baiano, leu atenciosamente e, posteriormente emprestou-me a 9ª edição (de 1969) para que eu pudesse tirar uma cópia. Foi o que eu fiz. Dr. Cleomenes praticamente não fez nenhum comentário sobre o conteúdo, nem me revelou aonde tinha conseguido o livro do médico Olívio Martins. Assim, até hoje, continuo sem saber quem é o misterioso proprietário do “proibido” livro.

Dr. Cleomenes da Silva Araújo é formado em medicina pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), turma de 1969, coincidentemente o ano da publicação do livro de Dr. Olívio Martins (9ª edição). Apresentamos os colegas de formatura de Dr. Cleomenes da Silva Araújo (formandos de 1969): Dr. Byron Emanoel de Oliveira Ramos, Dr. Geraldo Moreira Melo, Dr. Hélio Araújo Oliveira, Dr. José Mendonça Gonçalves de Oliveira, Dr. Manoel José Leal, Dr. Marcos Aurélio Prado Dias, Dra. Maria Janete Sá Figueiredo, Dra. Marília Souza de Oliveira, Dra. Marinice Martins Ferreira e Dra. Wilma Gonçalves Melo Viana. Foram ao todo 11 formandos. Foi homenageada a Sra. Gilka de Almeida Pinho (secretária).

Tais informações podem ser encontradas na página 35, do livro de autoria do eminente cardiologista sergipano, Dr. Henrique Batista e Silva, Curso de Medicina – Memória Fotográfica (1966 – 2003) – impresso na Sercore Artes Gráficas Ltda., edição de 2004, total de 155 páginas. Fico a imaginar a trabalheira que o Dr. Henrique teve para elaborar o referido livro.

Importantíssimo do ponto de vista memorialístico. Nos faz dar uma viagem ao passado. Infelizmente não é uma viagem muito agradável como a de trem, pois, as multinacionais da indústria automobilística ajudaram a destruir as ferrovias brasileiras, da mesma forma que as multinacionais da indústria farmacêutica impediram e continuam a impedir a prática da auto-hemoterapia.

Todavia, ao autor, faço as seguintes sugestões: 1ª – o livro merece uma segunda edição. 2ª – na nova edição as fotos (ou fotografias) devem ser melhoradas. 3ª – a nova edição deve abranger o período de 1966 a 2009. 4ª – a nova edição deverá ser vendida por um preço simbólico se for direcionada à classe médica. 5ª - se for também direcionada ao público em geral o preço deverá ser um pouco maior. 6ª - todavia, se a nova edição for vendida a qualquer político do então PFL, multiplicar o preço por 1.000 e, se for vendida a qualquer executivo de multinacional ou banqueiro internacional, multiplicar o preço por 100.000.

O baiano Olívio Martins, antes de ser médico, conseguiu o título de Farmacêutico-Químico, pela Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia em 1923. Durante o ano de 1937, e durante os anos de 1942 e 1943, Dr. Olívio Martins foi Diretor-Médico do Hospital Nossa Senhora das Vitórias (Santo Amaro – Bahia). Pelo ano de formatura em Farmácia e Química (1923), é de se supor que o mesmo tenha nascido no início do século passado (século XX). O que devemos adiantar aos leitores é que - consta no livro do médico Olívio Martins - a prática de retirar sangue da veia de uma pessoa, e aplicá-lo logo após, no músculo da mesma pessoa, ele chama a isso de “Vacina do Sangue” ao invés de “hemo-picaretagem”.

Continuaremos outro dia. Bom dia!

LINK: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=26129


Para continuar lendo mais textos do Dr. Jorge Martins Cardoso (Médico),
acesse o Jornal da Cidade .NET (O Mais completo de Sergipe)
http://www.jornaldacidade.net/2008/index.php

http://2008.jornaldacidade.net/2008/buscar.php

e digite na busca do site: Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming


Médico: alegrias e tristezas...

Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)

Um médico, alegremente, convidou-me a escrever alguma coisa sobre o Dia do Médico. Deixei de lado as preocupações, e com muita alegria, o escriba, que por "acaso" é médico, aceitou o convite. Comentei com o médico "desafiante" que o título seria o que está escrito acima, e que o médico "desafiado", diante do atual quadro da saúde em Sergipe e no Brasil, iria escrever pouco sobre alegrias, e escrever mais da outra palavra que consta no título. O médico que me fez o convite, sorrindo – pois estava alegre – pediu-me moderação. Fiquei matutando. Conversei com os botões brancos, da minha única e solitária camisa branca. O médico "convidado" decidiu alegremente "inverter" os papéis. A tônica e o tônico do texto seriam alegria, alegrias e muitas alegrias. Que a outra palavra adversária fosse para os quintos dos infernos, ou outro local parecido.

A primeira alegria surge quando recordo do início do curso na Faculdade de Ciências Médicas da UFS, no remoto ano de 1972. Tinha então saudáveis e alegres 21 anos de idade. Uma segunda alegria vem das recordações, - e elas são muitas - dos longos seis anos em que convivi com 33 colegas de turma. A terceira alegria ocorreu em 1977, quando todos nós conseguimos o canudo de "doutores em medicina". Afinal, estávamos todos contentes porque a partir de então éramos médicos. Muitas alegrias para todos os lados e para todos os gostos.

Outras alegrias procedem das lembranças dos nossos professores, todos eles médicos, tais como: Dr. Airton Teles Barreto, Dr. Antônio Garcia Filho, Dr. Fernando Sampaio, Dr. Hercílio Cruz, Dr. João Cardoso do Nascimento Júnior, Dr. João Gilvan Rocha, Dr. José Leite Primo, Dr. José Machado de Souza, Dr. José Maria Rodrigues, Dr. Júlio Flávio Prado, Dr. Lauro Augusto do Prado Maia, Dr. Lourival Bonfim, Dr. Lucilo da Costa Pinto, Dr. Nestor Piva, Dr. Osvaldo da Cruz Leite, Dr. Oswaldo de Souza, Dr. Paulo Freire de Carvalho, Dr. Tarcísio Carneiro Leão e Dr. Walter Cardoso, estes de saudosa memória. E ainda: Dr. Albino Figueiredo Melo, Dr. Alexandre Gomes de Menezes Neto, Dr. Antônio Leite Cruz, Dr. Cleovansóstenes Pereira de Aguiar, Dr. Dalmo Machado, Dr. Delso Bringel Calheiros, Dr. Eduardo Garcia, Dr. Fedro Portugal, Dr. Geraldo Moreira Melo, Dr. Gilton Machado Rezende, Dr. Hugo Bezerra Gurgel, Dr. Hyder Bezerra Gurgel, Dra. Ilma Fontes, Dr. José Abud, Dr. José Fernandes Macedo, Dr. José Augusto Soares Barreto, Dr. Lauro de Britto Porto, Dr. Marcos Teles de Melo, Dr. Raimundo Almeida, Dr. Raimundo Mendonça de Araújo, Dr. Raulino Galrão e Dra. Zulmira Freire Rezende. Estes, ainda vivos, e espero que gozando de boa saúde. Pode ser que eu tenha esquecido o nome de algum dos nossos professores de nossa turma (1972-1977). Se esqueci ou cometi algum engano, peço mil desculpas. É com alegria que recordo deles, com maior ou menor intensidade.

Foi com estes médicos-professores que alegremente aprendi medicina. Aprendi "alguma coisa", é bem verdade. Não por culpa dos professores, mas sim por culpa única e exclusiva do aluno. Tento explicar. A maioria dos professores falava em bom português. Eu cismava que era latim. Outros citavam algumas palavras em inglês. Eu achava que era russo. Já outros sapecavam alguns termos em francês. Eu, o aluno, cismava que era alemão. Se falavam algo em espanhol, eu entendia como sendo italiano. Era uma confusão dos diabos na minha cabeça. Lingüística é uma praga! E o que é mais curioso, eu mal sei falar português! Geralmente as aulas transcorriam num clima ameno. Os alunos eram respeitosos com os professores, porém havia os nossos momentos de pura diversão. Tempos bons, tempos felizes.

Também é com alegria que recordo os quatros anos em que trabalhei no Hospital de Riachuelo, ao lado dos médicos Dr. Cleovansóstenes Pereira Aguiar, Dr. Hélio Luna, Dr. José Lealdo Lima e Dr. Francisco Rollemberg. Do Instituto Médico Legal (IML), no qual trabalhei aproximadamente 16 anos, trago boas recordações dos médicos Dr. Evenor de Sena e Silva e Dr. Jorge Carvalho Mendonça. Da Secretaria de Estado da Administração – Perícia Médica do Estado -, local em que trabalhei por dois anos, também tenho boas lembranças. Também trabalhei em Divina Pastora e Santa Rosa de Lima. Em Aracaju, durante 10 anos trabalhei em um consultório do C. M. O. na Praça Tobias Barreto, de nossa propriedade, hoje transformado num centro de documentação e pesquisa. Sempre de bem com a vida.

O que me trouxe alegrias, muitas alegrias mesmo, foi ter trabalho na luta contra a poliomielite a partir de 1981, ao lado do saudoso médico Dr. José Machado de Souza, além dos médicos Dr. José Sousa Vilanova, Dr. Sérgio Vasconcelos Garcez, Dra. Fátima Medeiros, Dr. Hélio Araújo de Oliveira, Dr. Josias Passos, Dr. Ivaldo Santa Rita, entre outros, além do também saudoso médico Dr. Jussuê Batista Moreno (da FSESP, hoje Funasa), além de outros sespianos da velha guarda. Da nossa turma de 1977, um faleceu agora em 2007, que foi o médico Dr. José Raimundo de Aragão, nascido em Itabi e pessoa muito querida em São Cristóvão, com o qual tive momentos muito descontraídos. Rendo aqui uma especial homenagem a ele.

Ser médico é ser alegre é ser feliz. Somos nós médicos que prevenimos doenças, curamos pessoas, salvamos vidas, aliviamos as dores alheias, consolamos os necessitados. Embora a misteriosa e metabólica confusão lingüística, foi o que eu aprendi com os meus professores durante o curso de medicina. É verdade que em algumas ocasiões, nem sempre as coisas correm bem, contudo isto é natural. O médico não é um Deus. O médico é feito de carne e osso, como qualquer ser humano. Embora não seja perfeito, tanto quanto possível, ele deve ser competente, ser rápido, ser preciso, ser seguro e até mesmo tentar ser perfeito. Principalmente porque nós lidamos com nossos semelhantes. Apesar das adversidades, manter sempre o bom-humor. Vocês médicos conscientes, nós médicos conscientes, sabemos que temos limitações. Ora bolas, vamos superá-las!

O escriba, que por "acaso" é médico, fez concurso público em 1978 para ter acesso a Secretaria de Saúde Pública. Depois de quase 30 anos recebe como "vencimento efetivo", a alegre fortuna de R$ 634,84. Alegria rima um pouco com dia, não é mesmo? Pois, mais alegrias, porque tenho certeza e esperança de melhores dias. O dublê de escriba e médico, formado em 1977, agora em dezembro de 2007, completará 30 anos de formatura. Três longas décadas. A maioria de meus colegas de turma irão se hospedar em bons apartamentos no "novo" Hotel da Ilha, na Barra dos Coqueiros e comemorar uma data muito importante. Espero que todos estejam e fiquem contentes. Não sei ao certo, mas acho que eles irão de carro. O escriba, médico por "acaso", vai fazer o possível para estar lá. Usando o meu curioso metabolismo lingüístico, ousada e alegremente, tem a esperança de chegar lá no meu helicóptero e vai ficar hospedado na suíte presidencial.

Alegria, alegrias e muitas alegrias. Não falei? A palavra adversária teve seu momento de glória lá em cima, no título. No texto ela não teve e não tem vez. Desejo alegria aos meus professores, alegrias aos meus colegas de turma e muitas alegrias a todos os médicos de Sergipe. Afinal, hoje é um dia alegre. Hoje é o Dia dos Médicos.

FONTE: http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia_arquivo.php?id=77277


Links sobre a Auto-hemoterapia


Autohemoterapia:
uma imunização com o nosso próprio sangue

http://www.hemoterapia.org/
http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm
http://www.campanhaauto-hemoterapia.blogspot.com/
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/
http://autohemoterapia.fortunecity.com/
http://autohemoterapia.orgfree.com/
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/aht_portugues.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/aht_portugues.htm
http://autohemoterapia.orgfree.com/aht_portugues.htm
http://autohemo.multiply.com/links
http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/387723
http://www.medicinacomplementar.com.br/tema130206.asp
http://amigosdacura.ning.com/
http://hssuffer.wordpress.com/auto-hemoterapia-sangue-que-cura
PDFs about Autohemotherapy:
https://sites.google.com/site/autohemotherapy/
Fóruns de discussão sobre AHT:
http://www.hemoterapia.org/
http://inforum.insite.com.br/39550/
http://inforum.insite.com.br/66763/
http://www.orientacoesmedicas.com.br/ver_opiniao.htm
Relatos (testemunhos) de usuários:
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/doencas/links_completos.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/doencas/links_completos.htm
http://autohemoterapia.orgfree.com/links_completos.htm
http://www.hemoterapia.org/aht_hemoterapia_depoimentos.asp
Videos - youtube
Português:
http://www.youtube.com/worldautohemotherapy
http://www.youtube.com/eaglestv
Português e também Legendas em Inglês:
http://www.youtube.com/AHTenglish320x240
http://www.youtube.com/haroldoventura
http://www.youtube.com/autohemotherapy
http://videolog.uol.com.br/LuizFernandoSarmento
Legendas em Espanhol:
http://www.youtube.com/AHTespanol
http://www.youtube.com/smilersun
Documento Mundial sobre a Auto-hemoterapia
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/documento_3_idiomas.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/documento_3_idiomas.htm


Autohemoterapia:
una inmunización con nuestra propia sangre

http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/
http://autohemoterapia.fortunecity.com/
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/aht_espanol.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/aht_espanol.htm
http://www.autohemoterapia.net/
http://www.autohemoterapia.com/
http://autohemoterapia.4t.com/principal.htm
http://amigosdacura.ning.com/
PDFs about Autohemotherapy:
https://sites.google.com/site/autohemotherapy/
Videos con subtítulos en Español:
http://www.youtube.com/AHTespanol
http://www.youtube.com/smilersun
Videos con subtítulos en English:
http://www.youtube.com/AHTenglish320x240
http://www.youtube.com/haroldoventura
http://www.youtube.com/autohemotherapy
http://videolog.uol.com.br/LuizFernandoSarmento
Documento Mundial sobre la Auto-hemoterapia
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/documento_3_idiomas.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/documento_3_idiomas.htm


Autohemotherapy: an immunization with our own blood
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/
http://autohemoterapia.fortunecity.com/
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/aht_english.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/aht_english.htm
http://www.doc-koch.de/html_76/naturheil/eigenblut.html
http://instituteofscience.com/autohemo.html
http://www.angelfire.com/ca/instituteofscience/hemo.html
http://amigosdacura.ning.com/
PDFs about Autohemotherapy:
https://sites.google.com/site/autohemotherapy/
Videos with Spanish subtitles:
http://www.youtube.com/AHTespanol
http://www.youtube.com/smilersun
Videos with English subtitles:
http://www.youtube.com/AHTenglish320x240
http://www.youtube.com/haroldoventura
http://www.youtube.com/autohemotherapy
http://videolog.uol.com.br/LuizFernandoSarmento
World Document about the Auto-hemotherapy
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/documento_3_idiomas.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/documento_3_idiomas.htm



AHT Twitter:
autohemotherapy:
http://twitter.com/autohemotherapy
AHTespanol:
http://twitter.com/AHTespanol
AHTbrasil:
http://twitter.com/AHTbrasil
AUTOHEMOTERAPIA
http://twitter.com/AUTOHEMOTERAPIA


AHT Facebook:
Auto-hemotherapy English
http://pt-br.facebook.com/people/Auto-hemotherapy-English/100001425771236
Autohemoterapia Español
http://pt-br.facebook.com/people/Autohemoterapia-Espanol/100001404622530
Autohemoterapia Brasil
http://pt-br.facebook.com/people/Autohemoterapia-Brasil/100001431861899



ebooks AHT (em formatos: pdf e chm)
Autohemoterapia Fatos e Fotos julho 2010 e Livretos sobre a AHT compilado por Olivares Rocha:

http://www.4shared.com/dir/4fwfRoZQ/sharing.html
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/instalar_CHM_Autohemoterapia_Fatos_e_Fotos_julho_2010.zip
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/Autohemoterapia_Fatos_e_Fotos_julho_2010.zip(PDF)
http://pdfcast.org/pdf/auto-hemoterapia-por-olivares-rocha-livreto-de-2010
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/AUTOHEMOTERAPIA_teu_SANGUE_te_CURA_Olivares_Rocha_com_links_march_2010.zip
http://pdfcast.org/pdf/auto-hemoterapia-por-olivares-rocha-livreto-de-2008
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/PDF_AH_Livreto_Olivares_Rocha_2008_com_links.zip
HTML:
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/AH_Livreto_Olivares_Rocha.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/AH_Livreto_Olivares_Rocha.htm
http://autohemoterapia.orgfree.com/AH_Livreto_Olivares_Rocha.htm
http://www.rnsites.com.br/HTML_AH_Livreto_Olivares_Rocha.zip



DVD AHT

download
Transcrição em Português:
Transcripción en Español:

Transcription in English:
http://www.4shared.com/dir/4fwfRoZQ/sharing.html
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/32079658-Auto-Hemoterapia-Conversa-Com-Dr-Luiz-Moura.pdf
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/Autohemoterapia_Contribucion_para_la_Salud_Espanol.pdf
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/Autohemotherapy_English_translation_version_2_2_Sept_2009.pdf

Online
Transcrição em Português:
http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia-dvd.htm(*)
(* contém recursos de navegação)
http://docs.google.com/View?docid=ddq5qwkp_60fq37qknv
Outro endereço da transcrição, em formato .doc
http://www.rnsites.com.br/dvd_dr_luiz_moura.doc

Transcripción en Español:
090616 AHT Autohemoterapia livreto Versión en ESPAÑOL
Bertha Maria Sánchez - Revisión de términos médicos Dra. Judith Acosta Arévalo:
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/AUTOHEMOTERAPIA_Espanol.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/AUTOHEMOTERAPIA_Espanol.htm

Transcription in English:
0 080305 TRANSCRIPTION of the DVD REVISED
version VM LM LFS with numbering. Translated by Luiz Grasso,
Review: Janet Duncan e Tanya Moore. October 2008:
http://docs.google.com/Doc?id=ddq5qwkp_61gg74q3gs
http://www.geocities.ws/autohemoterapiabr/TRANSCRIPTION_of_the_DVD.htm
http://autohemoterapia.fortunecity.com/TRANSCRIPTION_of_the_DVD.htm
http://autohemotherapy.blogspot.com/2009/05/dr-luiz-moura-dvd-lecture-english.html



PDFs sobre AHT também em:

http://pdfcast.org/
http://pdfcast.org/search/all/autohemoterapia

http://www.scribd.com/
http://www.scribd.com/search?cat=redesign&q=autohemoterapia&x=0&y=0